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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Anistia!

Uma parte dos políticos brasileiros está mobilizada a favor de uma lei que perdoe as pessoas presas, condenadas ou não, por participarem e ou estimularem as manifestações ocorridas em Brasília no 8 de janeiro de 2023. Outra parte está lutando contra a anistia. O povo a tudo assiste, uns torcendo a favor do perdão, outros contra e a maioria indiferente,
É a segunda vez que passo pelo tema. A primeira foi em 1979, quando o Presidente João Figueiredo, o ditador mais brando, ainda assim um ditador, transformou em lei o projeto do Congresso Nacional, que anistiou quem cometeu crimes contra e a favor da ditadura presente no país desde 1964. Promulgada a lei, acreditou-se que, naquele momento, as pessoas perdoadas estivessem dispostas a esquecer o que ocorreu. Dilma Rousseff mostrou que não. Ela, que cometeu crimes contra a ditadura e foi anistiada, entendeu que não deveriam ter sido perdoamos os que lutaram contra ela e criou uma tal de Comissão da Verdade. O povo brasileiro não deu importância ao fato é a coisa morreu. Não de todo, pois os que cometeram crimes contra a ditadura entenderam que deveriam ser recompensados em dinheiro. Isso foi feito.
Depois de voltar, sair e voltar novamente ao poder, a turma da Dilma Rousseff, diante das circunstâncias que lhe lembraram o ano de 1964, resolveu vingar-se negando perdão aos manifestantes da Praça dos Três Poderes. Por isso, essa turma brada contra a anistia e utiliza a imaginação, que alimenta a ideia da quebradeira usada como instrumento de um golpe de seus adversários para a retomar o poder que perdeu na disputa eleitoral. Quando, na verdade, a ira do povo teve a indignação como motivo.
Submetido aos dois momentos que tratam da anistia, a minha memória me traz uma passagem na vida de Jesus Cristo. Ele estava numa praia qualquer a escrever na areia, quando alguns homens jogaram diante dele uma mulher apanhada em adultério. “Senhor, devemos apedreja-la como manda a lei ou descumprir a lei?”. Diz a passagem bíblica que Cristo devolveu o poder de decidir aos homens, inserindo o conceito de autoridade moral na questão: quem não tiver pecado atire-lhe a primeira pedra”. Houve silêncio, constrangimento e abandono do local. Jesus reforçou o conceito de autoridade moral e afirmou: “nem eu, tão pouco te condeno”.
O ato de punir alguém é e será sempre um ato de força física ou legal, mas só será justo se exercido com autoridade moral.

Jackson Vasconcelos

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Edição 15/03/2025
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