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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Chega!

Assisto, impotente, a uma briga, que parece não ter fim e me traz consequências ruins. Faz-me mal. É uma rixa entre Jair Bolsonaro, seus liderados e os membros do Supremo Tribunal Federal. Entre os aliados, há os que estão com Jair por convicção ideológica e outros, muitos outros, só por conveniência eleitoral e de publicidade pessoal. É a isso que se resume o que estamos a ver acontecer no Brasil, agora com a intromissão de ninguém menos do que do Presidente dos Estados Unidos, outro fanfarrão.
Podem dar à situação o apelido ou o conceito que quiserem, seja ele de defesa da democracia, seja de uma disputa entre uma tal direita e uma tal esquerda ideológica, que ninguém define com exatidão, mas estamos a assistir e a ser incomodados por atos de hostilidades mútuas entre os aliados de Jair Bolsonaro e um ministro do Supremo Tribunal Federal. É isso e ponto.
Os autores do livro “Os Onze, o STF, seus bastidores e suas crises”, escrito por Felipe Recondo e Luiz Weber, citam o início da confusão no momento em que um militar da reserva, Antônio Carlos Alves Correia, postou um vídeo nas redes xingando e ameaçando Rosa Weber, na época, Ministra do STF. Em seguida, o livro menciona os Procuradores da Força-Tarefa da Lava-Jato como incentivadores da confusão e afirma: “Na imprensa, lia-se que a máquina de mídias sociais bolsonaristas havia escolhido o STF como seu alvo preferencial”. A fanfarronice de Eduardo Bolsonaro com a declaração de fechar o Supremo com a ajuda de um cabo e de um sargento também está citada assim a reação do Ministro Dias Toffoli, quando Presidente do STF. Ele deu origem ao inquérito, que o ex-colega, Marco Aurélio Mello chamou de “Inquérito do Fim do Mundo”, que também está em livro e em prosa.
O General Santos Cruz, aliado arrependido de Jair Bolsonaro, numa conversa com o jornalista e autodenominado historiador, Marco Antonio Villa, tratou do assunto. Ele fez referência às acusações de Jair Bolsonaro ao Tribunal em razão das urnas eletrônicas. Santos Cruz levantou a questão de um modo simples e objetivo: ou Jair Bolsonaro provava o que dizia ou responderia a um inquérito. “Ora, se eu acho que o sistema é fraudulento, eu não posso nem concorrer. Eu tenho que acusar de fraudulento e não vou concorrer. Pra que eu vou concorrer num sistema que eu tenho certeza que é fraudulento, que eu tô divulgando que eu tô certo disso? Mas não, eu concorro. Bom, se eu ganhar, valeu. Se eu não ganhar, não valeu?”
Seja como for que tenha começado essa briga e seja qual for a razão dela, ela precisa ficar restrita aos briguentos, para que o país volte a cuidar de si mesmo. Quem criou a confusão e se meteu nela, que a resolva ou enfrente as consequências. O Brasil precisa seguir em frente.

Jackson Vasconcellos

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Edição 26/07/2025
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