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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Encontros que salvam

Os encontros têm a capacidade de agregar ou subtrair algo em nós. É pressuposto
lógico que alguém só se tornar humano em contato com outro ser humano. A linguagem,
a cultura, os costumes são fatores aprendidos e absorvidos na interação. Como também,
as nocividades de determinadas relações podem contaminar nosso percurso existencial,
trazer finitude e descrédito pessoal para uma vida melhor. Uma mulher que sofre
violência doméstica, tendo denunciado o seu cônjuge e tempo após o fato, recebe-o em
sua casa novamente, não vive outra coisa senão a percepção de condicionamento daquele
status para sua vida, seria como se dissesse: “Eu mereço isso. Não há outra realidade para
se viver”.

Poderíamos mencionar diversos encontros promovidos por Jesus, todavia, quero
lhe convidar a seguir em direção a mulher adúltera de João capitulo 8. Resumidamente,
essa é a história de uma ré confessa que se encontra perante seus juízes togados munidos
de pedras sentenciosas. Jesus interpelado sobre o que fazer, manifesta o conteúdo
espelhado das práticas pecaminosas, deixando o defeito do outro desembaçar o dos
algozes ali presentes, depois Jesus se volta a mulher e lhe pergunta: Mulher, onde estão
eles? Não ficou ninguém para condenar você? Ninguém, senhor! —Respondeu ela. Jesus
disse: —Pois eu também não condeno você. Vá e não peques mais! (Jo 8.10b-11) Jesus
lhe salva dos condenadores, do julgamento social e religioso, mas também lhe salva de se
tornar objeto e se esquecer como sujeito em sua individualidade. Como? Disse Jesus: Vá
e não peques mais! Não pecar? É impossível tal coisa. Porém, o que Jesus expõe seria:
Não volte para aquilo que anulou você, te transformando em um objeto a ser consumido
e descartado. Onde estava o adúltero que deveria estar ao lado no apedrejamento?
Talvez, só lhe acompanhava nas juras de amor oportunista. No desespero a mulher
poderia imaginar: O que fizeram da minha vida e da minha história? Jesus lhe deixou claro
que ela não estava condenada a destruição e a objetificação. Não se permita cair nas
garras daquilo que um dia te fez irreconhecível e desacreditada da vida abundante. Como
Sartre afirmou: “Não importa o que a vida fez de você, importa o que você fez do que a
vida fez de você”.

As experiências pelas quais passamos não são zonas limítrofes e determinantes,
mas pontes que nos projetam para fora daquela passividade arruinadora que nos
impuseram pelas palavras e práticas destrutivas. Jesus nos salva das realidades
degradantes e que subtraem vida no hoje para nos conduzir, naturalmente, em direção a
vida plena, a vida eterna. O hoje como átomo da eternidade.

Tiago

TIAGO SANT´ANA

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Edição 23/08/2025
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