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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Se…

Se no lugar do Lula outro qualquer candidato tivesse sido eleito presidente, mesmo que não fosse Jair Bolsonaro, certamente, o povo que foi para a frente dos quartéis teria algo melhor para fazer. Teria tocado a vida, mesmo que o candidato de sua preferência tivesse sido derrotado. Nossa gente aprendeu a respeitar o resultado das eleições como se curva, ainda que revoltado, às derrotas de seus times.

Ocorre que aquela gente estava indignada por ver retornar à Presidência da República um cara que a mídia, as redes, até mesmo a Justiça, em todas as instâncias, apontaram como o líder de uma organização criminosa, a ponto de mandá-lo para a prisão, firmados por uma sentença de longo tempo. A TV Globo, que naqueles momentos sombrios, era senhora das consciências de bastante gente, ilustrou a roubalheira com um cano de esgoto a despejar dinheiro para fora. A imprensa mostrou, dias a fio, a imagem do Lula à caminho da prisão e dos comparsas dele sendo condenados e também presos. O povo, então, derrotou Lula, o Lula encarnado no corpo de um desconhecido. Aquela gente que derrotou Lula acreditou-se livre dele, definitivamente.

Lula retornou e venceu o candidato em quem foi depositada toda a indignação. Então, houve a ira. Lula, um pulha, um larápio, líder de uma organização criminosa, um sujeito condenado pela Justiça e, pela mesma Justiça, absolvido por um erro processual simples, estava eleito presidente da república.

Derrotado, Jair Bolsonaro com destreza aproveitou-se da indignação. Jogou-se no colo dela. Ele insiste em nos fazer crer que a raiva do povo, transformada em fúria no dia 8 de janeiro, estava motivada pela derrota dele. E muita gente boa está caindo nessa história. A eleição do Lula foi e, ainda é, o motivo da indignação. Jair Bolsonaro, simplesmente, tira proveito disso. Esse é o meu sentimento.

Sabe-se, de sobra, que o ex-presidente é pessoa praticante do “danem-se todos” em favor dos próprios interesses. Eis aí a causa do desprezo dele pelos que morreram na pandemia. O importante para ele, naqueles dias difíceis para o mundo todo, era manter a economia em crescimento, porque isso significava uma reeleição mais fácil. Lula é igual. Para ele o que importa mesmo é o prazer pessoal. Um bom amigo – gente de esquerda, que votou no Lula duas vezes na vida, definiu Lula com precisão: “um homem velho, rico, vaidoso, que se sente ungido e faz tudo por conselho de uma mulher de bem menos idade e completamente deslumbrada. Lula, anda preocupado demais em satisfazer os caprichos da mulher e, por decisão dela, isola-se do mundo. Só acredita no que ela lhe diz. Lula está à beira de um precipício, de olhos vendados. A Janja fará ele dar o próximo passo”.

Mesmo diante de tudo isso, eu ainda alimento a esperança de um dia, o povo brasileiro sair dessa armadilha que dá a ideia de um mundo político onde só existem essas duas pragas: Lula e Bolsonaro. Quem sabe, né?

Jackson Vasconcellos

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Edição 19/04/2025
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