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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Vitória de Pirro

“Se formos vitoriosos em mais uma batalha como essa, nós estaremos completamente arruinados”, disse o Rei Pyrrhus de Épiro após vencer os romanos em Ausculum e, na batalha, perder quase todos os seus homens.

Carla Zambelli, a ré da vez, Daniel Silveira, Ramagem, Gilvan da Federal, Flor de Lis, Wilson Witzel, todos esses personagens surgiram na política nacional em 2018 agarrados ao capitão Jair Bolsonaro. Certamente outros e outras houve. Arolde de Oliveira, no Rio, e Major Olímpio, em São Paulo, com o apoio do capitão foram promovidos da Câmara para o Senado Federal, mas não exerceram os seus mandatos na íntegra, pois COVID-19 os pegou. Para compor o mesmo exército surgiu, na eleição de 2022, o general Braga Neto.

Arolde de Oliveira, assim que eleito, escreveu e publicou um livro tido como manual de sucesso eleitoral, com um título que o destino desfigurou: “Deus Quis – eleições na era digital.” Quando o senador faleceu faltando-lhe ainda pouco mais da metade do mandato para exercer, autorizou-se a dúvida sobre qual a real vontade de Deus no caso; se elegê-lo senador para um mandato curto, ou se dele fazer uma escada para o suplente. É difícil saber. Pra mim é fácil, pois eu sou daqueles que crê que Deus não se presta ao papel de cabo eleitoral. Mas, tem gente que pensa diferente. Jair Bolsonaro pensa.

E, por falar nele, a situação pra ele também não anda nada boa. Se é justa ou injusta, isso depende do julgamento de quem goste ou não goste dele ( uma situação que tem muito a ver com o modo como a Justiça funciona por aqui), mas verdade é que o cara anda passando um perrengue danado.

Na sua relação com Deus, Jair Bolsonaro tem afirmado que o grande e eterno arquiteto do Universo poupou-lhe a vida para que ele chegasse à presidência. no entanto, do jeito como as coisas andam pro lado dele, ele, nas orações que, provavelmente, ainda faz deve estar a incomodar o Criador como fez Castro Alves: “Deus! Ó Deus! onde estás que não respondes? Em que mundo, em que estrela tu te escondes? Embuçado nos céus?”

É-me difícil acreditar que Deus depois de entregar ao ser humano a liberdade para decidir por si mesmo e por seus atos o destino da humanidade, fique todo o tempo por aí a consertar as bobagens que fazemos. Imagino que Ele, Deus, deixe esse assunto para resolver após a nossa morte ou para a hora do Juízo Final. Ele é soberano! Embora muitos creiam que não, Deus está acima dos magistrados.

Por isso, tenho Castro Alves exclusivamente como poeta; um dos melhores do mundo e Jair Bolsonaro como um cidadão a quem os eleitores brasileiros deram a oportunidade de ouro para exercer em plenitude a Presidência da República para que ele pudesse evitar o risco de o país voltar a viver uma situação que, seus eleitores imaginaram ter deixado no passado. Mas, Jair Bolsonaro tantas fez e tantas deixou de fazer que levou o seu exército a ser quase completamente dizimado.

Iniciei com o Rei Pyrrhus de Épiro e com ele encerro. O Rei venceu outras batalhas após quase ser derrotado em Ausculum. Faleceu numa delas, atingido por uma telha atirada por uma mulher. Que destino! Pyrrhus caiu, quebrou a coluna e desse modo permitiu que o inimigo o decapitasse.

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Edição 07/06/2025
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