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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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🚴‍♀️EM DUAS RODAS: Cicloturismo nas regiões mais bonitas da Região Serrana

Circuito “Frades x Salinas x Frades” é mais um que merece grande destaque quando se fala em ecoturismo

O esplendor do Vale dos Frades, frequentemente cenário de produções televisivas e de cinema, já foi destaque por aqui. A imponência das paredes de Salinas, polo da escalada de aventura no Parque Estadual dos Três Picos, também. Agora, que tal juntar essas duas regiões em um magnífico passeio? E se esse trajeto for percorrido em duas rodas? Aí fica bom demais! Afinal de contas, pedalando é possível percorrer distâncias maiores e em menos tempo. Para quem busca juntar as duas atividades, a dica é o circuito Frades x Salinas x Frades, uma pedalada de quase 60 quilômetros e muitas montanhas a serem vencidas e, principalmente, admiradas.
Esse roteiro contempla começar na entrada dos Frades, cruzar a rodovia RJ-130 até pouco depois do limite Teresópolis x Friburgo, seguir em direção a Salinas e retornar pelos Frades. Deixando o carro no acesso da famosa cachoeira, o ciclista segue pela Teresópolis-Friburgo em direção a Bonsucesso e depois Vieira. Logo de cara, ainda aquecendo as pernas, já se pega um suave aclive pela frente. Com o conforto da relação mais leve das MTBs, é seguir “devagar e sempre” até o topo do morro. Aliás, nesse tipo de passeio, sem competição e mais focado na ampliação da percepção e interação social, a velocidade é o que menos importa. E o ritmo segue quase o mesmo até no sentido inverso, mesmo quando uma pequena ladeira em direção a Vieira convida a acelerar. Afinal de contas, à esquerda se avista algumas lavouras, não deixando de sentir logicamente o gostoso cheirinho de terra molhada – nesse caso através da irrigação. Aí não dá para correr.
Uma dica é uma paradinha rápida na Capela de Santa Luzia, no quilômetro 36 da RJ-130. Dali até o limite entre Teresópolis e Nova Friburgo, mais uma longa subida pela frente. Pedalando, respirando, enxergando coisas que geralmente só se olha, rapidamente são vencidos quase 21 quilômetros de estrada desde o início da jornada, boa parte pelo acostamento da rodovia. Em alguns pontos é necessário ter atenção, pois a passagem deve ser feita na pista de rolamento. Logicamente, não pode faltar a foto na placa que indica a divisão territorial.

No Mirante de Vieira, quase no limite com Nova Friburgo, mais um ponto obrigatório para contemplar a natureza. Foto: Acervo Mochileiro

Toca para baixo
Como se sabe, o topo de morro é um dos tipos de referência para limites entre municípios. Dessa forma, depois que se vence o lado teresopolitano, hora de comemorar os primeiros quilômetros pedalados na vertente friburguense. Pouco após a marcação que indica a tal separação, se pega à direita, tomando como direção a localidade de São Lourenço. Uma estradinha de bom asfalto, cheia de curvas, cruzando montanhas e pequenas lavouras até se chegar um pequeno povoado.

Descida em single track em Teresópolis, conexão do Vale dos Deuses com Vale dos Frades. Foto: Acervo Mochileiro

Montanha acima
Atravessando a localidade de São Lourenço, a referência é o Colégio Ibelga. Desse ponto em diante, a brincadeira começa a ficar mais puxada. Estrada de terra batida, muitos buracos e o trecho mais íngreme do passeio cruzando Salinas. Até chegar ao ponto mais alto, o Vale dos Deuses, ao lado do Capacete e vizinho às montanhas que dão nome a essa unidade de conservação ambiental, vários trechos onde mesmo com as bicicletas com equipadas com relações mais leves exigem um grande gasto de energia do seu condutor.
Mas, como citei no início do relato, é só manter o “devagar e sempre”. Em duas rodas, enxergamos melhor o que estamos acostumados a ver quando passamos de carro. Nessa época do ano, aliás, o rio que desce paralelo à estrada dos Três Picos desce mais volumoso, com bonitas quedas e pontos convidativos ao banho. Esse trecho, apesar de íngreme, permite uma vista espetacular para as montanhas que dão nome a essa unidade de conservação ambiental.

Já no Vale dos Frades, em Teresópolis, tendo ao fundo os Três Picos e a Pedra do Capacete. Foto: Acervo Mochileiro

Viva e deixe viver
Geralmente se chegamos ao Vale dos Deuses no início da tarde ou final da manhã. É um bom lugar para lanchar, descansar e pensar no restante da aventura. São aproximadamente mais 20 quilômetros, mas a grande parte montanha abaixo. A trilha que liga essa região ao Vale dos Frades passa ao lado da Caixinha de Fósforos e desemboca na Fazenda Itatiba. Pontos mais íngremes e escorregadios exigem maior atenção e uso dos freios, deixando “os discos pegando fogo” no final. No trecho dentro da propriedade, o declive ao lado de grandes eucaliptos é um convite a deixar a bicicleta embalar, levada também pelo gostoso contato do pneu com o terreno.
Impossível não dar uma parada também na Cachoeira dos Frades, atualmente com todo o esplendor do seu famoso véu. De volta ao carro, são 57 quilômetros, com 1.405 metros de altimetria acumulada. Da última vez que fiz esse roteiro, cheguei cansado, mas com o corpo gritando: “Você está vivo e realmente vivendo!”.

Delegacia nos Frades? Que nada, decoração para produção de cinema que virou atrativo turístico.Foto: Acervo Mochileiro

Rota Serra Verde
Além de toda a beleza das montanhas entre Teresópolis e Nova Friburgo, outra coisa legal desse roteiro é que o ciclista irá cruzar um trecho da Rota Serra Verde, primeira rota de cicloturismo da Região Serrana e que conecta, além desses municípios, Sumidouro e Petrópolis. Veja mais em www.rotaserraverde.com


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Edição 01/02/2025
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