Com o objetivo de apresentar aos teresopolitanos a arte urbana do grafite e contribuir com o desenvolvimento cultural e social do município, o movimento “TereGraffiti” vai realizar em Teresópolis neste domingo, 13, o “1º Encontro Estadual de Graffiti”, evento que vai contar com aproximadamente 40 artistas de renome e que possuem vasto acervo de obras espalhadas pela cidade do Rio de Janeiro. “Eles estarão presentes em nossa cidade nos presenteando com sua arte e seus conhecimentos levando a nossa população entretenimento de qualidade e muito mais cor aos nossos dias, com profissionalismo e com a ideia de fazer um museu a céu aberto, sendo o único da Região Serrana”, explica o organizador Alexandre Almeida, conhecido como “Gato”.
O ponto de encontro será a Rua Mello Franco, atrás do Espaço Cultural Higino. Com apoio das autoridades em meio à pandemia, os organizadores conseguiram a liberação para pintar três muros, um na entrada do bairro Comary, um muro no bairro de Araras e a parte lateral do um Hotel Higino, que nos anos dourados foi famoso em nossa cidade por seus bailes de gala, com total liberação e apoio do síndico. “A ideia do nosso movimento é que com este projeto possamos trazer mais cor e vida a este local assim como era no seu passado. E trazer uma visão a população da diferença entre pichação e graffiti, mostrando que o graffiti é uma arte! E ainda será realizada uma pintura em homenagem a Teresópolis”, destaca outro organizador, Ronan Fonseca “Dimo”.
O evento será fechado ao público devido à pandemia e haverá distanciamento de 2,5m entre cada artista, além de todos os envolvidos utilizarem máscaras e ser cobrado o álcool gel. Como os três muros serão grafitados simultaneamente, serão evitadas aglomerações. “O encontro tem como objetivo fomentar nossa juventude a conhecer e entrar no mundo das artes, dar mais visibilidade a esta arte que ainda apesar de todos os esforços é mal vista por parte da população leiga e ainda está fora do cotidiano de nossa cidade. Teresópolis é considerada uma das mais belas da Região Serrana e apenas queremos que ela também seja mais colorida, por isso nos do Movimento Terê Graffit. Contamos com os apoios do Mercado Oliveirão, Hortifruit Boutique da Roça, Loja Só Tintas, entre outros, sendo importante lembrar também que os artistas de fora vão se hospedar em nossa cidade, assim melhorando um pouco o turismo”, lembra Ronan.
Diferenças
Mas afinal, qual a diferença entre o grafite e a pichação? Segundo os criadores do grupo, diferente da simples demarcação de território e conquista de espaço que representa a pichação, o grafite é uma forma de arte complexa e baseada em desenhos, ou seja, todas as letras e figuras que são utilizadas na pintura são pensada e elaboradas, para que representem aquilo que o artista quer mostrar. “Não são apenas latas de spray nas mãos, o grafite como arte urbana utiliza elementos de criação dos mais diversos e é capaz de promover a harmonia entre os mais diferentes ambientes, por isso pode ser feito numa parede de escritório, num muro de escola, até mesmo na fachada de um prédio de vinte andares. É uma modalidade artística onde a tela pode ser um objeto urbano abandonado, uma Praça sem vida, ou seja, não tem limites”, enaltece Alexandre.