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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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12 de janeiro, uma data que não deveria ser esquecida

Tragédia completa 10 anos com problemas ainda não resolvidos e novas promessas de ações

Marcello Medeiros

A manhã de 12 de janeiro de 2011, uma quarta-feira, revelou os grandes estragados causados por deslizamentos de terra e pedras, por árvores levadas por enxurradas e alagamentos com proporções nunca vistas na Região Serrana do Rio de Janeiro. Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo, principalmente, amanheceram com um número de vítimas fatais nunca registrado nas suas histórias, mesmo com várias outras catástrofes naturais em anos anteriores. A chuva forte teve início no final da noite anterior, em 11 de janeiro, e foi aumentando com o passar da hora. Por volta das 3h, havia dezenas de bairros embaixo d´água e os deslizamentos começavam ocorrer com facilidade assustadora. Uma década depois, ainda é difícil acreditar nas consequências da Tragédia e, tão impressionante quanto isso, é saber que, mesmo tanto tempo depois, ainda há grande número de problemas que precisa ser solucionado.
Ruas com calçamento danificado, escombros de residências em diversos bairros, outros imóveis ainda em situação irregular sendo ocupados novamente, pessoas aguardando pagamento de indenizações ou a liberação de um apartamento no condomínio para reconstruir suas vidas, pontes improvisadas… São muitas demandas, problemas que passaram por vários administradores públicos que, em comum, se comprometeram em resolvê-los. Nesta segunda-feira, teresopolitanos afetados pela Tragédia ouviram mais uma enxurrada dessas promessas, desta vez pelo governador em exercício Cláudio Castro e o prefeito Vinicius Claussen.

Número de mortos
Oficialmente, Teresópolis registrou 392 mortes. Dessas, muitas pessoas sequer foram encontradas e existe, até hoje, dúvida em relação ao número total. Acredita-se que seja um maior, mas não com diferença tão grande quando alguns continuam comentando até hoje. Um dos exemplos é Campo Grande, onde, na ocasião, falava-se que “morreu todo mundo”. Porém, quem esteve no bairro naquela manhã viu um grande número de pessoas deixando os escombros para procurar abrigo em casas de amigos e familiares.

Obras no papel
Entre as obras que nunca saíram do papel, as três barragens de contenção de cheias em Campo Grande, que no lugar de barreiras para evitar a liberação de nova enxurrada recebeu proteção de telas em dois dos cursos d´água que cortam a localidade. Também naquela região, entre Posse e Cascata do Imbuí, deveria ter sido construído um “parque fluvial”, que serviria como área de lazer e impedido de novas construções nas margens do Rio Príncipe.

Aprendizado
Espanhol, Caleme, Parque do Imbuí, Cascata do Imbuí, Posse, Campo Grande, Arrieiro, Santa Rita, Fazenda Alpina, Cruzeiro, Vila Muqui, Vieira, Bonsucesso, Pessegueiros, Biquinha… Esses e vários outros bairros foram duramente afetados. Quando se fala que o “12 de janeiro não deveria ser esquecido”, não é somente em respeito à memória das vítimas fatais da Tragédia. A data que marcou um capítulo negro da história dos municípios da Região Serrana deveria servir como exemplo para a realização de ações políticas para que outras pessoas não sejam afetadas por serem obrigadas a viver em áreas de extremo risco, como encostas com grande inclinação e margens de rios. Através do acervo de imagens do jornal O Diário, relembre a situação de alguns dos bairros destruídos naquela madrugada.

 

 

 

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