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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Boatos sobre chegada de caminhões em postos mobilizaram motoristas para estabelecimentos

Marcello Medeiros

A divulgação de uma imagem de um caminhão-tanque com a bandeira Ipiranga subindo a Rio-Teresópolis na manhã desta segunda-feira, oitavo dia de paralisação dos caminhoneiros em todo o país, causou uma verdadeira correria pelo combustível no município. Após o posto do Vale do Paraíso ter recebido o “precioso líquido”, abastecimento que gerou uma fila quilométrica a partir das primeiras horas da manhã, impossibilitando inclusive o acesso de ônibus para diversas comunidades, começou a ser divulgada informação que os estabelecimentos com tal bandeira seriam os próximos a serem atendidos. Com isso, rapidamente se formou uma grande fila no bairro do Alto. Em questão de minutos, grande trecho da Alberto Torres e ruas em Taumaturgo foram tomadas pelos esperançosos motoristas. Porém, pouco depois um funcionário do estabelecimento desmentiu a história e informou que as carretas do posto sequer haviam conseguido acessar a refinaria, em Duque de Caxias.
“Está rolando uma fake news de que viram caminhão do Ipiranga subindo a serra, mas não se sabe nem se vinha para Teresópolis e se realmente é de hoje essa imagem. Provavelmente, se tiver carregado mesmo, foi para Minas. Não desespere, não pegue filas sem necessidade. Se informe de fato para não perder um dia à toa e passar por transtornos. Estamos duas carretas, cada uma capacidade de 30 mil litros cada uma, paradas na Reduc. Elas não conseguiram sequer entrar para abastecer”, relatou o funcionário do posto em vídeo divulgado nas redes sociais. Na mesma gravação, ele alertou para o comércio clandestino de combustível. “E quando chegar não precisa trazer galão, pois está sendo proibido. Estão fazendo mercado negro gasolina. Vendendo a R$ 4,99 e estão vendendo de R$ 7 a R$ 10 reais. Não pague nada além de R$ 5 reais”, enfatizou.
No início da tarde, mais um boato envolvendo outro posto com a mesma bandeira, dessa vez na Presidente Roosevelt. Novamente, grande fila se formou rapidamente e, mesmo com frentistas avisando que a carreta de tal estabelecimento também estava retida na Reduc, demorou até os motoristas desistirem de esperar pelo sonhado combustível.

Reajuste em 60 dias
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, afirmou, em entrevista coletiva, que o reajuste de preços de combustíveis será feito inicialmente daqui a 60 dias e depois, mensalmente. Ele negou risco de prejuízos para a Petrobras, que terá liberdade total para fixar a política de preços.  "Primeiro, 60 dias, depois, mensalmente. Não há nenhum prejuízo para a Petrobras", disse o ministro. "Não há congelamento de preços." Segundo ele, os preços serão alterados para cima ou para baixo, dependendo das reações do mercado internacional. A entrevista do ministro foi concedida um dia depois de o presidente Michel Temer anunciar o acordo com os caminhoneiros para encerrar a paralisação nas rodovias federais. O governo negociou a redução de R$ 0,46 no litro do óleo diesel e a suspensão da cobrança de pedágio para caminhões vazios, entre outras medidas.

Alerj vota hoje redução do ICMS do diesel
A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota nesta terça-feira (29), em regime de urgência, o projeto de lei 4.142/18, do Executivo, que reduz a alíquota de ICMS sobre o diesel de 16% para 12%. A sessão extraordinária acontece às 14h30, no plenário da Casa. A medida é parte de um acordo firmado pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT) e pelo governador Luiz Fernando Pezão representantes das transportadoras de combustível e do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas (Sindcargas), em reunião na última quinta-feira (24).
André Ceciliano lembra que esta é uma demanda antiga dos caminhoneiros, e afirma que será uma medida importante para o Estado. "Recebemos o movimento em diversas reuniões e fizemos essa intermediação para que o imposto sobre o diesel pudesse ser reduzido. O abastecimento precisa ser normalizado no Rio o quanto antes". Na justificativa do texto, Pezão destaca que a mudança na alíquota se faz necessária diante do impacto causado pela greve dos caminhoneiros, inclusive na segurança pública, "provocando desabastecimento de produtos, principalmente os de primeira necessidade como alimentos e remédios, sem contar com severos prejuízos na arrecadação de tributos em especial o ICMS".
Com a mudança, o estado do Rio vai igualar sua alíquota à de estados vizinhos como São Paulo e Espírito Santo. O governador lembra ainda que, com isso, o número de transportadoras que abastecem em outros estados deverá diminuir, fazendo com que a arrecadação fluminense com o tributo aumente. "O preço final deste combustível é menor nos estados vizinhos", lembra. Atualmente, a alíquota sobre o diesel chega a 16%, com 14% de ICMS e 2% adicionais que são destinados ao Fundo Estadual de Combate à Pobreza. Com a redução, a soma do imposto com o percentual do Fundo chegará aos 12% acordados com os caminhoneiros.

Postos com gasolina nesta quarta-feira

Nesta terça-feira os postos de Ermitage, Alto, Claudinho na Reta, Irmãos Rezende (ao lado do Green Fruit) já tinham combustíveis e muitas filas.

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Edição 04/05/2024
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