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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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3 ANOS FECHADO: Prefeitura de Teresópolis vai ter que explicar fechamento do Hemonúcleo

Obra que deveria ficar pronta em 6 meses foi iniciada há 40 meses e ainda não está pronta

Wanderley Peres

Aprovado por unanimidade, na sessão da Câmara Municipal desta teça-feira, 2, Requerimento de Informações ao prefeito sobre os atrasos da reforma do Hemonúcleo Municipal, obra que deveria durar seis meses e já passou de três anos sem ficar pronta. Aprovado por unanimidade, o pedido de autoria da vereadora Erika Marra repercute constantes matérias do DIÁRIO, que acompanha desde o anúncio da revitalização do espaço e as constantes promessas de inauguração, os constantes descumprimentos de data, ignorando o governo a necessidade e utilidade do posto de saúde.

“A saúde não espera e o sangue salva vidas. Não podemos nos furtar ao apelo popular por uma fiscalização mais rigorosa dessa reforma interminável, por isso essa cobrança, e as respostas serão avaliadas para os procedimentos que se fizerem necessários porque não há justificativas para tanto atraso. Temos o dever de verificar, quando necessário, a lisura dos atos praticados pela Administração Pública e por isso o pedido”, justificou a vereadora Erika Marra, autora do pedido de informações aprovado por unanimidade. “Os parentes de pacientes internados estão pedindo aos amigos a doação de sangue, e essas pessoas são agora obrigadas a viajar para outros municípios, de van para o Rio ou Petrópolis, para o ato de doação, isso é um absurdo”, apartou o vereador Fidel Faria.

Os vereadores querem saber da Prefeitura a nova data de reabertura do espaço, quanto custou a obra e se houve advertência ou punição à empresa contratada; qual a empresa que ganhou a licitação para operar o Novo Hemonúcleo, por qual prazo e valor foi contrata e quem são os sócios desta empresa. Como os sócios da empresa podem ser sócios de empresa de gente ligada ao governo, a Câmara quer saber, também, se os sócios desta empresa são titulares em outras empresas, se a empresa que ganhou a licitação do Hemonúcleo já prestou serviços para a Prefeitura nos últimos cinco anos e, ainda, quando a Prefeitura pagou pelos custos do banco de sangue enquanto ele funcionou em ambiente particular.

PROMESSA

Ao anunciar o fechamento do Hemonúcleo, o prefeito comemorou a conquista do governo. “Nos 30 meses do primeiro mandato nós trabalhamos para pagar pendências, equilibrar as contas municipais e investir em melhorias. Agora, começamos 2021 com essa obra tão importante para a população. Com 19 anos de existência, o Hemonúcleo será renovado, seguindo projeto elaborado pelas equipes técnicas das secretarias municipais de Fiscalização de Obras Públicas e de Saúde”, disse, ao transferir o serviço de coleta de sangue para o particular, laboratório que fica junto ao Hospital São José, localizado na Rua Judith Maurício de Paula, 135, no Alto.

MODESTA REFORMA

Iniciada em 18 de janeiro de 2021, com previsão de ser entregue em seis meses, a reforma do Hemonúcleo foi paga com emenda parlamentar, o Ministério da Saúde, no valor de R$ 223.138,99, liberados e fiscalizados pela Caixa Econômica Federal.

A obra que já demora quase 40 meses para ficar pronta, em vez dos 6 meses prometidos, e não tem previsão de quando será inaugurada, de nada tem demais, consiste na construção de 2 banheiros, masculino e feminino e um terceiro banheiro adaptado para pessoa com deficiência; substituição de bancadas e cubas e instalação de armários; substituição das instalações elétricas, colocação de alarme para sanitário PCD; nova forração e colocação de revestimento cerâmico nas paredes das salas da área técnica; correção de pontos de infiltração; colocação de piso tátil nas áreas externa e de espera e pintura geral são alguns dos serviços a serem realizados.

O HEMONÚCLEO

Inaugurado em 2001 em espaço anexo ao Centro de Saúde da Várzea (Rua Francisco Sá, 299) e com uma média de 200 doações mensais, o Hemonúcleo de Teresópolis atende o município e as cidades vizinhas de Guapimirim, e São José do Vale do Rio Preto, auxiliando eventualmente hospitais de Nova Friburgo, Magé e até do Rio de Janeiro.

Edição 04/05/2024
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