Wanderley Peres
A eleição extemporânea para prefeito de Teresópolis, em 3 de junho de 2018, foi definida somente com a apuração da última urna. Com 36,58% dos votos válidos, Vinicius Claussen (PPS) venceu Dr. Luiz Ribeiro (MDB), que recebeu 36,55%. O MDB estava à frente, mas, ao fim da contagem, a coligação (PPS-PRB) totalizou 23.500 votos, 22 a mais que o segundo colocado, que obteve 23.478 votos.
O terceiro mais votado foi Petto, do Solidariedade, que recebeu 13,64% dos votos válidos, 8.764 votos. Nelson Durão, do PRP, foi o quarto mais votado, com 2.563 votos, seguido de Maria Bertoche (PSOL), 2.497 votos; Daponte (PSDB) 1.766 votos; Quincas (PP) 1.180 votos e Roberto Mello (PT) 492 votos. O candidato Carlos Dias, do DEM, que era secretário de Tricano, não teve os seus 363 votos computados porque não comprovou domicílio eleitoral no município.
A abstenção foi de 34,52% do eleitorado, 43.469 pessoas que não foram às urnas. E entre os que compareceram, 4,3% votaram branco e 17,78% anularam.
A eleição extemporânea de 2018 ocorreu porque o prefeito Mário Tricano e seu vice, Darcy Sandro Dias, tiveram seus registros de candidatura das eleições 2016 indeferidos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), logo após terem sido diplomados, em dezembro, como resultado de ação proposta pelo Ministério Público por abuso de poder econômico em 2008, daí a inelegibilidade que já o havia retirado do cargo em 2012, quando foi o mais votado e assumiu o segundo, Arlei. Afastado do cargo desde dezembro de 2017, segundo se sabe, para as tratativas da venda da água de Teresópolis, projeto que Vinícius continuou e concluiu, Tricano se manteve na Prefeitura devido a uma liminar do então ministro do TSE Gilmar Mendes, que acabou sendo revogada ao tempo em que o prefeito desistiu do processo.
A eleição extemporânea de Teresópolis não foi a única no estado do Rio de Janeiro naquele ano. No dia 24 de junho os eleitores de Cabo Frio e Rio das Ostras também voltaram às urnas para escolher prefeitos e vice-prefeitos.
