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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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A história das eleições de Teresópolis em livro

“1922”, de Wanderley Peres, será lançado neste sábado, 22, às 16h, na Casa da Memória

Da Redação

Será neste sábado, dia 22 de julho, a partir das 16h, na Casa da Memória Arthur Dalmasso, na praça de Santa Teresa, o lançamento do livro “1922 – As Eleições em Teresópolis”, recente trabalho do pesquisador Wanderley Peres, com a história das eleições em Teresópolis nos últimos 100 anos, informando ainda como foram os demais pleitos, as convenções e os candidatos a prefeito e vereadores, e ainda como muitos prefeitos não eleitos chegaram ao poder, esclarecimento que será uma boa contribuição para a memória política da cidade.

“Deliciosamente redigido, o texto de Wanderley Peres nos conduz com facilidade à preciosas informações históricas e aos perfis dos diversos prefeitos que acompanharam a evolução e transformações de Teresópolis. Fotos antigas transportam para os tempos que não voltam mais e ‘causos’ convidam a mergulhar no cenário espinhoso da vida de políticos e de suas ‘políticas’, nunca dantes revelados”, diz a historiadora Mary Del Priori sobre o livro 1922 – As Eleições em Teresópolis.

Além das fotografias de todos os prefeitos, dos vereadores, e dos candidatos que concorreram à prefeitura nos pleitos ocorridos a partir da primeira eleição, 100 anos atrás, “1922” conta também sobre as transformações da cidade e o que fizeram as diversas administrações que teve a Prefeitura, e ainda sobre a própria sede do governo, a Prefeitura, que ficou em sala emprestada da Câmara em alguns períodos, e depois serviu de teto para os vereadores por cerca de 40 anos.

Com orelhas do analista político Jackson Vasconcelos e apresentação da consagrada historiadora Mary Del Priori, o livro de Wanderley esclarece o obscuro período da história municipal, entre 1930 e 1947, da “Revolução de 1930”, quando experimentamos 16 prefeitos, ascendendo ao cargo, além dos militares e demais apaniguados dos detentores do poder, um promotor público, um serventuário da justiça e um personagem que nunca se falou dele em livros, o coletor de impostos Armando Costa, que governou o município interinamente por quase dois meses, assim que foi imposto pelo Golpe de 1930 o fim das câmaras municipais e a cassação dos prefeitos, de pronto assumindo o responsável pela coletoria estadual local, como previa decreto neste sentido.

As curiosidades vão além do que se ouviu falar, das memórias orais cada dia mais raras, indo muito além do que se imagina, também, porque revela um período ignorado pelos historiadores, num tempo em que a política era bem diferente e as regras eleitorais de hoje ainda não haviam sido estabelecidas. Você sabia que a nossa prefeitura está entre as primeiras a serem criadas no país? Que Teresópolis já foi administrada por dez prefeitos engenheiros? Que teve prefeito por alguns dias apenas, ou mesmo por algumas horas? E o candidato mais votado da eleição não ser o eleito e sim o segundo, porque se somavam os votos da legenda? Isso aconteceu duas vezes em Teresópolis nos anos 1960, e com o mesmo candidato, Roger Malhardes, que perdeu em 1966 porque correu sozinho no MDB e em 1970 porque o segundo na legenda fez poucos votos, ganhando uma eleição o médico Waldir Barbosa e a outra o advogado Flávio Bortoluzzi, ambos, menos votados, e do partido do governo da Ditadura.

“Wanderley Peres é um historiador diligente, um competente homem de imprensa e tem a curiosidade sadia, que move as melhores inteligências”

Para a historiadora Mary Del Priori, que escreveu “Histórias da Gente Brasileira”, livro em quatro volumes, contando a história do Brasil Colônia, do tempo do Império e da República, o livro “1922 – As Eleições em Teresópolis” conjuga duas qualidades importantes: uma ótima narrativa associada à cuidadosa pesquisa de época. “Deliciosamente redigido, o texto de Wanderley Peres nos conduz com facilidade à preciosas informações históricas e aos perfis dos diversos prefeitos que acompanharam a evolução e transformações de Teresópolis. Fotos antigas transportam para os tempos que não voltam mais e ‘causos’ convidam a mergulhar no cenário espinhoso da vida de políticos e de suas ‘políticas’, nunca dantes revelados. Ao juntar a História da cidade e o jornalismo investigativo, Wanderley reúne pioneiramente dados sobre um tema que é tão mais difícil de enfrentar quanto sobre ele, a bibliografia é desconhecida. Mas, nada disso foi problema para o autor, que oferece ao leitor um trabalho vivo, denso, ritmado pelas histórias de vida às quais emprestou o ouvido e capacidade de observação. Sua escrita hábil, atenta e cuidadosa nos educa e ensina. Mas, sublinha, também, que nossa memória é a base de nossa identidade. Se ela nos falta, perdemos o chão. E nosso chão é a tão querida Teresópolis, feita de gente acolhedora, de paisagens magníficas e, agora, graças a Wanderley Peres, um município com memória da sua vida política intensa e aguerrida”.

Para o estrategista político Jackson Vasconcelos, “Wanderley Peres é um historiador diligente, um competente homem de imprensa e tem a curiosidade sadia, que move as melhores inteligências. Wanderley conhece como ninguém – e o ninguém presente aqui não é exagero de linguagem – a política e a História de Teresópolis. Como a Cidade tem participação de relevo na História do Brasil, o autor empresta ao cidadão brasileiro uma contribuição de grande significado. Seu livro trata das eleições acontecidas em Teresópolis, desde a primeira delas, representando um trabalho rico em documentos, fotografias e situações interessantes e inusitadas, como a determinação do Código Eleitoral de 1950, que previa a prisão de quem não aparecesse para votar. Teresópolis tem uma História rica, que se confunde com a História do Brasil, desde o tempo do Brasil Colônia. 1922 é então um caso de amor entre Wanderley Peres e a Cidade, um caso que ele conta com detalhes, sinceridade, documentos e fotos, para que ninguém duvide”.

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Edição 22/10/2024
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