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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Abaixo assinado contra punição a servidor da Prefeitura de Teresópolis

Professor teria se desentendido com colega fora do local de trabalho, mas punido por ter feito críticas ao governo

Wanderley Peres

Diretor sindical na pasta da Educação no período entre 2011 e 2015, professor da rede municipal lotado na escola Antônio Santiago, o servidor Leonardo de Oliveira foi afastado do trabalho por 90 dias, conforme decisão publicada em Diário Oficial desta segunda-feira, 12, que julgou o processo administrativo 3556/24. O parecer conclusivo da Comissão Permanente de Inquérito Administrativo e Disciplinar, que deliberou pela aplicação da pensa de Suspensão por 90 dias, foi fundamentado no artigo 148, inciso I combinado com o artigo 151 da Lei Complementar Municipal 167/13, Estatuto do Servidor, como informado, não sendo informados os motivos da punição ou dado detalhes do processo, como é costume.

Mais conhecido como Léo Milésimo, crítico do atual governo, Leonardo concorreu na eleição do Sind-PMT, na chapa de oposição ao governo, presidida por Kátia Borges, e já disse que vai à justiça contra a arbitrariedade, conforme argumentos que divulgou em rede social.

“Eu não tenho nada anotado na minha ficha funcional. Meu processo não cabia sequer advertência, pois foi resultado de um desentendimento meu com chefe do Departamento Pedagógico, e fora do local de trabalho, e fora do meu horário de trabalho, por causa de postagem no Facebook. Fica aqui meu protesto diante da falta de respeito para com meus alunos e diante da falta de consideração pelos meus 22 anos de Magistério. Eu não tenho uma ata sequer, e nenhuma reclamação de pai de aluno que me desabone, acionarei a justiça em meu favor”, escreveu o professor.

“Nós como servidores temos a obrigação de denunciar quando vemos algo de errado. Não conheço o processo administrativo, mas a sua condição de servidor exemplar deveria ter pesado na hora da decisão, mesmo que ele tivesse cometido alguma infração, o que não acredito que tenha cometido porque é gente do bem. A penalidade é a máxima dada a um servidor, e este tem ficha funcional sem qualquer advertência ou suspensão, como ele bem informou. Um absurdo, governo perseguidor esse, além de incompetente e danoso ao município”. comentou a ex-presidente do SindPMT, Andrea Pacheco, que teve o Léo Milésimo como diretor, e viu a punição como um recado para aqueles que ousarem criticar algum desmando. “Isso é um recado, para calar a boca de quem está com vontade de contar sobre a triste realidade da Educação nesse obscuro desgoverno que insiste em não terminar”, concluiu.

ABAIXO ASSINADO

Observando a arbitrariedade da punição e a sua impropriedade, diante do encerramento do ano escolar, foi publicado um abaixo assinado no site petição.online, em solidariedade ao colega de trabalho injustiçado, e contra a arbitrariedade, pedindo a interferência do Ministério Público. “Nós da Unidade Escolar Antônio Santiago, solicitamos ao Ministério Público que interfira no processo de afastamento do Professor Leonardo de Oliveira pois a decisão da prefeitura é arbitrária, deixando as turmas sem professor substituto no final do ano letivo. Entendemos que não há nada que desabone a conduta do docente no desenvolvimento de sua prática profissional por isso solicitamos ao Ministério Público a reintegração do mesmo”. Para assinar, a petição está em https://www.peticao.online/abaixo_assinado_em_apoio_ao_professor_leonardo_de_oliveira?utm_source=whatsapp

Edição 23/11/2024
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