Isla Gomes
Localizada na Rua São Pedro, 243, no bairro São Pedro, a academia GFteam Cavalcanti tem se destacado na formação e treinamento de crianças e adolescentes, e muitos alunos do espaço tem evidenciado Teresópolis através de suas conquistas, muitas delas neste ano de 2023. A equipe da Diário TV e do Jornal O Diário esteve no local para conversar com esses teresopolitanos que, apesar de tão novos, já possuem um futuro promissor, entrevistando também o responsável pela iniciativa. “Nós fazemos um trabalho voltado para o jiu-jítsu, para crianças, adolescentes e adultos. Fazemos um trabalho social para ajudar os menos favorecidos, como crianças de comunidades próximas que não tem condição de pagar a mensalidade, abraçando essa causa juntamente com os nossos colaboradores”, explica Walney Cavalcanti, responsável técnico da equipe GFTeam Cavalcanti que tem como objetivo formar campões e mostrar para essa garotada que é possível viver do jiu-jítsu como carreira”.
Uma das alunas de destaque, Sophia Cavalcanti tem apenas 12 anos e já coleciona mais de 60 títulos. “Apenas de agosto até agora, já ganhei o Rolls Gracie e o AJP, além de outros que não lembro. A academia é muito importante na minha formação, através dela tanto o meu sonho no esporte quanto o dos meus colegas aqui podem ser realizados”, conta. Outro jovem lutador que tem garra e determinação é o Arnold Freitas, apenas neste ano ele conquistou sete cinturões e 17 medalhas. “Cada uma das minhas conquistas tem um valor sentimental, neste ano de 2023 eu consegui sete cinturões e 17 medalhas, sendo 11 de ouro, quatro de prata e uma de bronze. Neste ano eu consegui também ficar em primeiro lugar no Campeonato Brasileiro e ano que vem, se Deus quiser, ficarei em primeiro. Eu treino e me esforço todos os dias para futuramente ser campeão mundial na faixa preta peso absoluto”, ressalta o atleta.
Superação
Muitas são as histórias de superação que envolvem o mundo do esporte. E na academia GFteam não é diferente. “Eu faço jiu-jítsu há cinco anos, no início eu não ingressei por conta própria, tive muito incentivo dos meus pais e aos poucos fui gostando do esporte. Teve um período em que estava me sentindo frustrado e desanimado, por isso decidi parar, mas o mestre me ajudou a voltar e depois disso tive várias conquistas de medalhas, o treinador me ensinou que não podemos deixar as derrotas nos abalar, é preciso persistir e lutar”, relata Matteus Cevidanes, atleta. A jovem Emile Fraga começou no jiu-jítsu através de um projeto social hoje enxerga o esporte como uma oportunidade para o futuro. “Antes eu não via o esporte como uma possível carreira, como um meio de crescer na vida, eu via apenas como um lazer, mas através da academia eu pude aprender que com disciplina e dedicação eu posso me tornar uma atleta profissional e com isso mudar de vida”, frisou.
O poder do jiu-jítsu
O professor de jiu-jítsu, Cristiano Kenup, tem anos de experiência no esporte e hoje leva a luta para fora do país, mesmo de longe ele colabora com o trabalho feito com os jovens teresopolitanos. “Sou professor de jiu-jítsu em Abu Dhabi há onze anos, eu fui apresentado a esse projeto há mais ou menos três ou quatro anos, logo eu vi que o professor Walney faz um trabalho muito sério com essa garotada. Meu papel nessa iniciativa é ajudar as crianças a terem a chance de lutar nos campeonatos, sempre que consigo vir para o Brasil eu faço questão de dar uma palavra para eles, dizendo o quanto o jiu-jítsu pode mudar vidas. Quero ressaltar e afirmar que o projeto vai além da questão física, é um trabalho social, e o jiu-jítu realmente pode transformar as pessoas, eu trabalho em um país que investe muito nesse esporte, hoje eu posso dizer de olho fechado que a capital mundial do jiu-jitsu se chama Abu Dhabi, o meu patrão que é sheik, acreditou muito no poder do jiu-jítsu, na troca de vida, no respeito, no trabalho em equipe, na alimentação, e o jiu-jitsu no Brasil tinha que ser tratado assim, deveriam acreditar mais nesse esporte, e a academia GFteam Cavalcanti é um exemplo, de um lugar que acredita e investe no poder de transformação da luta”, declara.