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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Ação que será realizada pelo governo japonês em Teresópolis é apresentada em Brasília

Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional recebe representantes do Japão para tratar do projeto previsto para Campo Grande

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e o governo do Japão reforçaram a cooperação entre os dois países na prevenção e gestão de riscos de desastres. O último encontro entre as delegações dos países sobre o tema ocorreu durante a agenda do G20, em Belém (PA), e destacou a importância da redução das desigualdades sociais e econômicas como estratégia fundamental para minimizar a vulnerabilidade da população aos desastres. Entre os projetos apresentados em Brasília, a construção de uma barreira SABO no bairro de Campo Grande, em Teresópolis, duramente afetado pela Tragédia de 12 de Janeiro de 2011.

Secretário de Meio Ambiente, Coronel Leonardo Maia, conduziu japoneses ao bairro de Campo Grande, onde será construída a barreira. Foto: AsComPMT


O ministro Waldez Góes reforçou o compromisso do governo brasileiro em continuar essa cooperação, destacando a importância de abordar a prevenção de riscos não apenas como questão ambiental, mas também social e econômica. “Reafirmamos o compromisso do MIDR e do Governo Federal, não só para encerrar bem esse acordo de cooperação inicial, mas para manifestar o nosso desejo para dar continuidade a essa parceria”, afirmou.
A parceria entre Brasil e Japão na gestão de desastres teve início após as tragédias na Região Serrana do Rio de Janeiro e vem evoluindo ao longo dos anos. Um dos principais frutos dessa colaboração é o Projeto SABO, que busca aprimorar a capacidade técnica brasileira em medidas estruturais contra deslizamentos de terra e outros desastres. O projeto está em sua segunda fase e prevê a construção de barreiras de contenção nos municípios de Nova Friburgo e Teresópolis, com obras programadas para junho e outubro deste ano, respectivamente.
A iniciativa conta com a cooperação técnica da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) e com o apoio da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE). Além da implantação de novas tecnologias, o projeto também visa desenvolver diretrizes para construção, supervisão e manutenção de infraestruturas de prevenção.

Gestão de enfrentamento aos riscos
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wollff, destacou a importância da parceria entre Brasil e Japão para o fortalecimento da gestão de riscos e desastres no país. “As mudanças climáticas têm intensificado a frequência e a gravidade dos desastres, gerando desafios cada vez maiores. Nesse contexto, a cooperação com o Japão representa uma oportunidade valiosa para desenvolvermos metodologias eficazes e compartilharmos conhecimentos que aprimorem a gestão de riscos de desastres no Brasil”, ressaltou. Ele afirmou que a troca de experiências e tecnologias entre os dois países será fundamental para tornar as cidades mais resilientes e preparadas para enfrentar eventos extremos.

Redução de desigualdades
Durante a reunião, o governo japonês destacou que a redução de desigualdades foi um fator determinante para a prevenção de riscos no Japão, especialmente na década de 1940. O país, que enfrenta frequentemente terremotos, enchentes e deslizamentos, investiu fortemente em infraestrutura e planejamento urbano para mitigar os impactos desses eventos. Desde o início da parceria com o Japão, mais de 90 profissionais brasileiros foram capacitados em gestão de riscos de desastres, e seis manuais foram elaborados para contribuir com a melhoria da atuação da Defesa Civil na proteção da vida das pessoas. Agora, o Brasil trabalha para desenvolver uma tecnologia própria baseada no modelo japonês, com apoio da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A cooperação atual está prevista para ser concluída em junho de 2026, mas ambas as partes manifestaram interesse em estender essa parceria. O representante da JICA, Nishikawa Satoru, elogiou o papel do Brasil na liderança do G20 sobre gestão de desastres e manifestou o interesse do governo japonês em tratar da importância desse tema nas relações bilaterais durante a missão presidencial no Japão, prevista para março deste ano. “O ministério teve uma liderança fundamental e muito robusta para que aquela declaração saísse com tamanha qualidade, nós agradecemos e parabenizamos a performance do Brasil. A primeira declaração de ministros do G20 na gestão de riscos de desastres é um marco muito importante”, destacou Nishikawa.
A continuidade da cooperação dependerá da formalização de um novo compromisso bilateral, incluindo a possibilidade de criação de um fundo privado para financiamento de projetos de prevenção. Com isso, Brasil e Japão seguem fortalecendo sua parceria para tornar as cidades mais resilientes e seguras para suas populações.


Edição 22/02/2025
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