A Casa da Memória Arthur Dalmasso está organizando a sua primeira exposição do ano, abrindo em maio, na data em que é lembrado o fim da Segunda Guerra Mundial, mostra de documentos e fotografias de pracinhas de Teresópolis que atuaram nos campos de guerra da Itália. Enquanto levanta a história dos 22 teresopolitanos que participaram da incursão à Europa 80 anos atrás, revendo acervo próprio que a Casa formou em 2010, quando foi apresentada exposição semelhante, servidores da Secretaria Municipal de Cultura estudam, também, dois acervos adquiridos recentemente, presentes da filha de um pracinha e de um comerciante de objetos antigos.
Solange Lima presenteou a municipalidade com o acervo do pai, Ary Pereira Lima, que estava sob a sua guarda, e o empresário Edson Benevides doou o rico tesouro que encontrou em meio ao mobiliário adquirido do apartamento que pertenceu a um piloto do Senta a Pua para revenda em sua loja. A papelada, que iria para o lixo, continha toda a história do aviador José Carlos de Miranda, último piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça na Segunda Guerra Mundial, que teve entre os seus feitos diversos abates, inclusive de um submarino alemão.
A participação da FEB na Segunda Guerra Mundial marcou a história do Brasil e reforçou a capacidade das tropas brasileiras em operações militares de grande escala. Com mais de 25 mil soldados enviados ao front, a FEB enfrentou desafios imensos, desde a adaptação ao rigoroso inverno europeu até os intensos combates contra as forças nazifascistas.
Os pracinhas, como ficaram conhecidos os soldados da FEB, conquistaram respeito internacional por sua bravura e estratégia. Suas ações contribuíram para a expulsão das tropas alemãs do norte da Itália e ajudaram a acelerar o colapso das forças do Eixo na Europa.
