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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Adiado o pregão para compra de insumos para o hemonúcleo municipal

Com reforma concluída há poucos meses, prédio já começa a apresentar sinais de abandono

Marcello Medeiros

Se havia uma luz no fim do túnel, ela parece que se apagou. A previsão de reabrir no mês de abril o hemonúcleo municipal, fechado há mais de três anos, aparentemente caiu por terra. Foi publicado no Diário Oficial do município desta terça-feira (26) o aviso 43/2024, que trata do “Adiamento sine die do pregão eletrônico de número 90.005/2024”. Ou seja, adiamento, sem qualquer ideia de quando será realizado o próximo, do procedimento para a compra de insumos para a reabertura do importante setor da secretaria de Saúde. O documento, assinado pela pregoeira Rachel Naslausky, trata de “pregão do tipo menor preço por item e por lote, registro de preço pelo período de 12 meses para aquisição de insumos como comodato de equipamentos para o hemonúcleo”. Nesta quarta, cobramos um posicionamento do governo Vinicius Claussen sobre mais um obstáculo colocado no caminho de quem precisa ou gostaria de doar sangue em Teresópolis. Apesar da informação em D.O. sobre o “sine die”, a prefeitura alega que foi necessário realizar ajustes no edital e que este “será adiado por uma semana”. Enquanto isso, os doadores precisam se deslocar para outros municípios.
O hemonúcleo funcionava no anexo ao Centro de Saúde, na Várzea, até o início de janeiro de 2021. Com a unidade fechada desde então e o encerramento da parceria do governo municipal com o Hospital São José para suprir a incompetência da “gestão” para reformar meia dúzia de salas e reabrir a unidade, o que ocorreu no mês passado, agora quem quiser doar voluntariamente sangue, ou precisar do procedimento para um familiar, terá que procurar atendimento em Petrópolis ou Rio de Janeiro.
No início de março, após publicação de reportagem exclusiva do Diário sobre o assunto, o governo municipal informou que os interessados agora são encaminhados para o GSH Banco de Sangue de Santa Teresa, em Petrópolis (Rua Doutor Paulo Hervê, 1130 – Bingen), todos os dias, das 07h às 18h, inclusive sábados, domingos e feriados. “Aos interessados em realizar a doação de sangue em parceria da prefeitura de Teresópolis e Grupo GSH será oferecido o transporte gratuito de ida e volta saindo do Hospital São José até a inauguração de um novo banco de sangue no município. Duvidas e agendamento do transporte entrar em contato exclusivamente pelo (21) 99695-7470”, informa a PMT.
Também no esclarecimento feito ao Diário, são indicados outros pontos para a doação de sangue enquanto o Hemonúcleo Municipal não for reaberto o GSH Banco de Sangue Serum, no Centro do Rio de Janeiro (Avenida Marechal Floriano, 99), ou GSH Banco de Sangue Serum da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro (Av. Ayrton Senna, 2150, Casa Shopping, Bloco P – Lado Península – Barra da Tijuca). Em ambos os casos, nos mesmos dias e horários de Petrópolis.

Nesta quarta, cobramos um posicionamento do governo Vinicius Claussen sobre mais um obstáculo colocado no caminho de quem precisa ou gostaria de doar sangue em Teresópolis, mas não obtivemos resposta. Foto: Marcello Medeiros/O Diário

Muito dinheiro, prédio abandonado
A reforma da unidade para doação de sangue foi realizada com recursos de emenda parlamentar do Ministério da Saúde no valor de R$ 223.138,99, liberados e fiscalizados pela Caixa Econômica Federal. Inicialmente a previsão é que a obra seria concluída em meados de 2021, depois passaram para dezembro do mesmo ano. Hoje, o local já começa a aparentar sinais de abandono, com muito mato nos canteiros, teias de aranha e danos na pintura do muro lateral. Em um dos locais, uma telha quebrada tem feito jorrar água diretamente na parede.
Inaugurado em 2001 e com uma média de 200 doações mensais, o Hemonúcleo de Teresópolis atendia o município e as cidades vizinhas de Guapimirim, e São José do Vale do Rio Preto, auxiliando eventualmente hospitais de Nova Friburgo, Magé e até do Rio de Janeiro. O sangue é muito importante para os atendimentos de urgência, a realização de cirurgias de grande porte, o tratamento em pessoas com doença falciforme e talassemias, por exemplo, doenças oncológicas variadas que frequentemente necessitam de transfusão.


Edição 11/10/2024
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