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Adultização infantil nas redes: veja os riscos emocionais e o impacto da cultura digital na saúde mental

Psicólogo e professor do curso de Psicologia da Estácio alerta que a questão vai além do consumo de conteúdos inapropriados

O vídeo recente do youtuber Felca, que já ultrapassou 44 milhões de visualizações, reacendeu um debate urgente: a adultização e a exposição de crianças e adolescentes nas redes sociais. O conteúdo denuncia práticas de exploração infantil online e reforça uma preocupação que extrapola casos pontuais: o impacto da cultura digital no desenvolvimento emocional e psicológico de jovens.

De acordo com o psicólogo e professor do curso de Psicologia da Estácio, Ítalo Silva, a questão vai além do consumo de conteúdos inapropriados. “Estamos diante de uma geração que cresce imersa em telas e redes. A cultura digital traz oportunidades, mas também riscos, como a erotização precoce e a pressão por se encaixar em padrões de comportamento adulto. Isso pode afetar diretamente a saúde mental de crianças e adolescentes, gerando ansiedade, baixa autoestima e dificuldades nas relações sociais”, explica.

“A cultura digital traz oportunidades, mas também riscos, como a erotização precoce e a pressão por se encaixar em padrões de comportamento adulto”, alerta o psicólogo e professor do curso de Psicologia da Estácio, Ítalo Silva. Foto: Divulgação Estácio

Segundo o especialista, a exposição precoce a conteúdos sexualizados impacta o desenvolvimento emocional e pode naturalizar comportamentos para os quais crianças e adolescentes não estão preparados. Outro ponto de atenção é quando a produção de conteúdos deixa de ser lúdica e passa a atender à lógica de engajamento e validação social, transformando o brincar em uma fonte de estresse.

“É fundamental que pais e responsáveis observem sinais de alerta, como mudanças bruscas de comportamento, isolamento, perda de interesse em atividades presenciais e aumento da ansiedade. Esses podem ser indícios de que o uso das redes está ultrapassando o limite saudável”, complementa Ítalo.
O psicólogo também reforça a importância de um uso consciente e equilibrado da internet. Ele orienta que crianças e adolescentes tenham tempo controlado de exposição às telas e que o acesso seja sempre acompanhado de diálogo. “As redes sociais podem ser parte da vida, mas não podem substituir a convivência familiar, a escola e as brincadeiras presenciais. O equilíbrio é o que garante saúde mental”, afirma.

O tema conecta um debate nacional a uma realidade muito atual: o papel da cultura digital na construção da identidade e na saúde mental de crianças e adolescentes. Para os pais, o desafio é ainda maior: conversar sobre sexualidade de forma adequada à idade, supervisionar o uso das redes e, acima de tudo, ser presença ativa na vida dos filhos.

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Edição 27/08/2025
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