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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Água boa, fonte suja: situação de nascentes deixa dúvidas sobre potabilidade em Teresópolis

Local próprio para o consumo acumula lixo, enquanto fonte recém-reformada jorra água contaminada

Luiz Bandeira

A Secretaria Municipal de Saúde divulgou recentemente o resultado da análise microbiológica da qualidade da água de 13 fontes públicas de Teresópolis. O levantamento, conduzido pelo Laboratório Bacteriológico de Análise de Água para Consumo Humano, revelou que quatro dessas fontes estão impróprias para o consumo: Amélia, Brahma, Taumaturgo e Tijuca. A equipe do Diário de Teresópolis percorreu algumas das principais fontes da cidade para verificar in loco o estado de conservação dos espaços e a presença de sinalização sobre a potabilidade da água, constando que o abandono de alguns desses espaços deixa o usuário em dúvida. Na Fonte São Sebastião, no bairro Pimenteiras, por exemplo, a água está potável. Porém, foi identificado acúmulo de lixo no entorno. Nos fundos do local, um movimento de terra chamou a atenção. Embora não seja possível confirmar impacto ambiental direto, a situação preocupa pela possível degradação da área.
A situação da Fonte Taumaturgo é especialmente frustrante. Localizada em um bairro de mesmo nome, conhecido por sua vegetação preservada e manutenção regular, o local continua fora dos padrões de qualidade para consumo humano há mais de dez anos. Outra fonte em destaque negativo é a Amélia, no bairro do Alto. Considerada uma das mais tradicionais e recentemente reformada, a estrutura foi revitalizada, mas a água continua imprópria para o consumo, frustrando moradores e frequentadores que valorizam o espaço.

Em um acordo celebrado entre a prefeitura e uma construtora, em 2022 a Fonte Santa Ângela foi toda reformada e pode ser considerada um exemplo de fonte própria para o consumo, onde a população parece comprometida com sua preservação. Foto: Luiz Bandeira

Importante renovação
Em contraste, a Fonte Santa Ângela, no Vale do Paraíso, apresentou uma melhoria significativa. Totalmente reformada graças a uma parceria entre a Prefeitura e uma construtora, o espaço passou por limpeza, substituição de azulejos, pintura e recuperação do calçamento. A água foi considerada própria para consumo, e o local, apesar de muito frequentado, se manteve limpo e conservado, sem sinais de vandalismo ou descarte irregular de resíduos.
O monitoramento da qualidade da água das fontes é realizado periodicamente pela equipe do Programa Vigiágua, vinculado à Divisão de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde. A ação atende a normas do Ministério da Saúde, com o objetivo de assegurar que a água distribuída à população cumpra os padrões legais de potabilidade. Em tempos em que o acesso à água potável continua sendo um desafio global — mais de 1 bilhão de pessoas no mundo ainda não têm acesso suficiente a esse recurso essencial, segundo dados da ONU —, o cuidado com as fontes públicas torna-se ainda mais urgente.

Preocupante é a situação da Fonte São Sebastião em Pimenteiras. No espaço foi verificado o acumulo de lixo e uma terraplanagem está sendo realizada no terro que fica aos fundos da fonte. Analise da SMS atesta a potabilidade da água. Foto: Luiz Bandeira

FONTES PRÓPRIAS PARA CONSUMO
Fonte Saúde – Tijuca
Fonte Perpétuo – Perpétuo
Fonte 7 Tanques – Rosário
Fonte Judith – Alto
Fonte Granja Guarani – Granja Guarani
Fonte Santa Ângela – Vale do Paraíso
Fonte Alexandre Fleming – Vale do Paraíso
Fonte Fonte Santa – Fonte Santa
Fonte São Sebastião – Pimenteiras

FONTES IMPRÓPRIAS PARA CONSUMO
Fonte Brahma – Tenente Luiz Meirelles
Fonte Tijuca – Tijuca
Fonte Taumaturgo – Taumaturgo
Fonte Amélia – Alto


Edição 03/05/2025
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