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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Teresópolis: Alagamentos por toda a cidade

Foi o tempo em que Teresópolis parava quando chovia forte e o rio transbordava. É problema que acabou com a construção do túnel extravasor, na Barra do Imbuí, obra feita pelo governo federal em 1984 e que deu vazão ao Paquequer, desde então fluindo lentamente o remanso da água represada em piscinão natural no trecho do rio nas Paineiras. Agora, em vez de transbordamento do rio, convivemos com os alagamentos das ruas. E a tarde e início de noite desta segunda-feira, 23 de janeiro, foi mais um dia “daqueles”, desses de grandes aborrecimentos, com o trânsito parado porque as ruas “não davam pé” para os veículos, pequenos ou grandes, sem contar o prejuízo nas residências e comércios, onde o transtorno já corriqueiro nem incomoda mais as autoridades.

Várzea, Tijuca, Agriões, São Pedro, Ermitage… As ruas Manoel Lebrão, Doutor Oliveira, e Tenente Luiz Meirelles foram tomadas dos carros e dos pedestres se transformando em rios. Na Barra do Imbuí, depois da construção dos diversos blocos de prédios em Pimenteiras, a Doutor Oliveira e Guandu viraram rios, embora seja recente o novo dimensionamento da galeria do bairro, que já foi saturada de novo pela permissão sem lastro das novas obras. As ruas de Agriões, especialmente a Carmela Dutra e Rui Barbosa, onde fica o prédio da Prefeitura, estas também viraram piscinões, porque a correção do tamanho da galeria foi feita já tem quase 50 anos. Por estar comprometida a galeria que desce do Parque São Luiz até a Praça Olímpica, a avenida Delfim Moreira virou rio também, fazendo riachos as ruas Monte Líbano e Edmundo Bitencourt. E rua Doutor Aleixo, que nunca enchia antes? Agora enche de água barrenta porque sua galeria está ligada à rua Manoel Lebrão, suspirando as águas que vêm da Ermitage cada dia em mais quantidade depois que surgiram vários prédios por lá e, recentemente surgiram ainda dois condomínios grandes. Essa impermeabilização do fundo de vale, aliás, é fruto da ganância e ignorância, e pela inconsequência da administração municipal, que fez vistas grossas para o risco que representavam esses investimentos, fartamente denunciados pelo DIÁRIO.

Os diversos alagamentos foram registrados em filmes e fotografias ao longo da cidade inteira, que chegaram à redação e ilustram esse texto.  A Defesa Civil mobilizou quatro equipes para o atendimento, informando que as sirenes tocaram no Rosário e no Vale da Revolta, bairros próximos ao paredão da Serra dos Cavalos, onde a chuva caiu mais forte e em maior quantidade neste dia. “Foram diversos pontos de alagamento. Estamos com 4 equipes atuando, até o momento não recebemos nenhuma ocorrência significativa, mas as estamos de prontidão para o emergencial atendimento, inclusive nos pontos de apoio”, informou o órgão.

Algoz de tempos atrás, quando espraiava sobre as ruas da Várzea depois que suas margens foram tomadas por construções, o Paquequer correu manso em seu leito mais uma vez. Mas, por que a cidade tem sofrido tanto com as chuvas e quando isso começou?

Os alagamentos em Teresópolis começaram com a prática da aplicação da cobertura asfáltica sobre os paralelos, na eleição de 1990, repetindo-se o crime nas eleições seguintes. Além de tirar a permeabilidade das ruas em paralelos, que drenavam as primeiras águas das chuvas, o asfalto de má qualidade aplicado sobre o pavimento existente se esfarela ao sol e escorre seus detritos pelas galerias, que estão subdimensionadas por conta das novas construções, piorando o quadro a falta de manutenção e limpeza dessas artérias por onde escorrem as águas servidas do dia a dia e as águas das chuvas.

Na última, aliás, a Prefeitura anunciou a contratação de uma empresa, a MPS Manutenção Predial e Serviços, para o “fornecimento de material para manutenção das galerias, redes de esgoto e de águas pluviais”, aquisição de serviços, pelo prazo de seis meses, que vai custar R$ 2 milhões 738 mil e 480 reais.

O tempo chuvoso, que se iniciou em novembro e vai até abril, impede a execução da obra, que é urgente. Mas, que comece o serviço no período da estiagem, a partir de maio, já é melhor a promessa feita, que não ter promessa alguma da administração municipal para o teresopolitano acreditar que esse caos nosso de cada chuva não vai durar para sempre.

Novo encontro de treinamento para moradores do Caleme

A Secretaria Municipal de Defesa Civil vai promover entre os 24, 25 e 26 de janeiro, às 14h, na Igreja Católica do Caleme – Capela Nossa Senhora da Paz (Servidão Antônia Maria da Conceição, 709-751), mais uma edição do encontro de treinamento do Núcleo de Proteção e Defesa Civil (NUPDEC) para os moradores do Caleme.

O objetivo é capacitar a comunidade para atuar em situação de emergência. Na ocasião, equipes realizarão palestras sobre primeiros-socorros, percepção de risco e sistema de alerta e alarme e monitoramento, além de treinamento, visando passar orientações preventivas para a comunidade.

O Secretário de Defesa Civil, Coronel Albert Andrade, destacou a importância de realizar este treinamento constante com as comunidades. “Em continuidade ao trabalho com as comunidades, nossa equipe estará nesta terça-feira, no Rosário, reforçando as orientações com os moradores da localidade. Nosso foco é garantir que as comunidades estejam mais preparadas e atuantes, com o suporte da Defesa Civil, no processo de enfrentamento a situações de emergências.”

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Edição 08/05/2024
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