A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para acompanhar a retomada dos serviços internos, nas unidades da Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa), realizou nesta quarta-feira (28) uma audiência pública para avaliar os resultados da mudança na gestão dos serviços prestados à empresa. O presidente da instituição, Aguinaldo Balon, informou que o novo modelo gerou impactos positivos. Até abril desse ano, os serviços de manutenção, limpeza e segurança dos depósitos da instituição eram administrados pela Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa Grande Rio (Acegri). O contrato tinha validade de 20 anos. Após o término do prazo, a responsabilidade pela gestão destes serviços voltou a ser da própria Central de Abastecimento.
Segundo Aguinaldo Balon, com a contratação de novas empresas prestadoras de serviços, o valor do aluguel por metro quadrado dos boxes comerciais caiu de R$ 24,00 para R$ 18,50. "Nós realizamos um processo de pregão eletrônico, onde as empresas apresentaram seus preços. Dessa forma, conseguimos diminuir o custo dos serviços contratados, o que gerou um valor menor de condomínio", explicou.
Balon também destacou que a gestão direta facilita a fiscalização das empresas terceirizadas. "Como os prestadores estão lidando diretamente com a Ceasa, é muito mais fácil acompanhar esses serviços e aplicar punições em caso de irregularidades", afirmou.
Expectativas
Para o próximo ano, o presidente da Ceasa espera que o entreposto reduza em R$ 5 milhões as despesas com prestação de serviços. Em vigilância e segurança, a expectativa é de 25% de redução. Já em gastos com energia, a empresa estima uma diminuição de 20%.O presidente da Comissão Especial, deputado Jair Bittencourt (PP), pediu a Balon um relatório sobre a atual situação da empresa e as propostas de trabalho para 2019. O parlamentar afirmou que irá marcar outra audiência pública para ouvir a posição da Associação Comercial dos Produtores e Usuários da Ceasa, mas comemorou os resultados positivos da mudança: "É obrigação do Estado gerir o Ceasa. Foi possível perceber que a retomada da administração dos serviços gerou economia, valores menores e mais eficiência na gestão", declarou o deputado. Também estiveram presentes na audiência os deputados João Peixoto (PSDC), Dionísio Lins (PP) e Dr. Deodalto (DEM).