Maria Eduarda Maia

Nos últimos dias, em meio ao grande fluxo de veículos e pessoas, uma das espécies que ficam no canteiro central da Reta se tornou atração por conta de seu vívido tom de amarelo, o Ipê, sendo protagonista em várias fotos e vídeos nas redes sociais. Essas belas flores amarelas surgem apenas por alguns dias do ano, transformando a paisagem urbana em um grande espetáculo.
Muitos não sabem, mas esses belos ipês já fazem parte do cenário da Reta há 15 anos, como conta Alessandra Amiuna, que estava à frente do setor de Parques e Jardins na época. “Em 2010, surgiu a proposta de transformar a Reta com árvores, que não estivessem com um porte muito alto, substituindo algumas plantas, inclusive que eram venenosas, para espécies nativas do nosso país. E nada mais nativo do que o ipê, que é uma planta símbolo do Brasil”, explica a paisagista e artista floral, que também contou que ao longo das avenidas Lúcio Meira e Feliciano Sodré foram plantadas cerca de oito espécies por ela e sua equipe.

Sentimento de emoção
Para a paisagista Alessandra, é muito emocionante passar ao longo da Reta e ver os ipês-amarelos sendo um espetáculo a parte em meio ao cenário urbano. “A Reta está toda florida. É uma emoção muito grande porque o trabalho do paisagismo não tem efeito imediato, principalmente quando estamos falando de árvores. É um efeito a longo prazo. Estamos falando de 2010 e agora eles estão no seu pico de florescimento”, declarou Alessandra Amiuna, dizendo também que é muito gratificante ver o trabalho dando fruto, literalmente. “Ainda mais lindo é ver quando as flores vão caindo e fica aquele mar amarelo no chão. Tenho visto muitas pessoas postando fotos assim. Fico muito feliz de ter conseguido contribuir com a cidade de Teresópolis, que é tão linda e que merece tanto esse cuidado”, concluiu.

Flor Nacional
Encontrado em todas as regiões do Brasil, o Ipê sempre chamou a atenção de poetas, escritores e até de políticos. Tanto que, em 1961, o então presidente Jânio Quadros declarou ipê-amarelo a Flor Nacional. A escolha levou em conta o fato da espécie estar presente em todas as regiões do país, e principalmente pelo tom vibrante das suas flores.