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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Animais e casinhas nas ruas… A culpa é de quem?

Situação ganha grande repercussão e prefeitura nega atos contra cães

Desde o fim de semana tem sido motivo de muita polêmica nas redes sociais a situação de abrigos improvisados para pequenos cachorros em Teresópolis. Instalados em calçada ao lado da Praça da Matriz de Santa Teresa, em frente a um estabelecimento comercial, eles “desapareceram de uma hora para outra”. O assunto teve bastante repercussão, e, no desenrolar da história, foi ventilada a possibilidade de ter sido o governo municipal o responsável pela remoção dos objetos instalados na passagem de pedestres com objetivo de dar mais conforto aos muitos animais sem dono que frequentam a Praça da Matriz e seu entorno. Água e ração também eram doados com frequência para esse pequeno abrigo. Porém, em nota, a prefeitura negou qualquer responsabilidade na retirada dos objetos.
Mesmo com o posicionamento oficial do governo Vinicius Claussen, a situação continuou rendendo e, até agora, ninguém sabe realmente quem foi o autor do que foi chamado de “grande maldade contra os animais”. Em sua página na rede social Facebook, a Médica Veterinária Úrsula Biolchini, conhecida pelo grande engajamento com a causa, publicou vídeo com seu posicionamento em relação ao acontecido: “Eu acredito sim que tenha sido a prefeitura, até que me prove ao contrário. Lançar um post dizendo que não foi a prefeitura não me diz nada. Na minha opinião foi a prefeitura. Se sou comerciante, coloquei casinhas presinhas lá, pessoas aleatórias vem ao meu comércio eu não vou permitir que retirem. Segundo essa postagem eles falam para tomar cuidado com fake news, que é crime. Bom prefeitura, prefeitura, vocês servem a nós. Não temos que tomar cuidado nenhum. Estão aí para servir. temos que cobrar e cobramos mesmo. O que aconteceu com as casinhas? Até agora é um mistério. Quero provas, quero evidencias. E tem mais. Se não foram vocês, que bom que isso aconteceu. Vamos tomar cuidado e que tomem atitude quanto à causa animal, que não tomaram até hoje”. 
Nesta terça-feira, também circulou um vídeo nas redes sociais onde a protetora dos animais Cláudia Vianna informa ter encontrado as caixas retiradas da calçada jogadas em uma caçamba de lixo, a alguns metros daquele local. “No sábado, logo cedo, comecei a receber mensagens que as caixas haviam sumido. Aí veio a história que foi carro prefeitura que parou e pegou. Não estava ali, não tenho com afirmar. Quem estava aqui disse foi carro da prefeitura. Houve essa mobilização toda e hoje pela manhã recebi áudio que duas pessoas, que são turistas, passaram e viram casas dentro de caçamba de lixo em frente a Caixa Econômica”, relatou, destacando ainda que a identificação sobre a autoria da situação pode ser confirmada buscando imagens de circuito de segurança de lojas próximas, inclusive do próprio banco onde elas foram encontradas.

O canil
Nesta terça-feira, O DIÁRIO tentou registrar a situação do Centro de Triagem Animal de Teresópolis, o popular Canil, localizado no quilômetro 75 da Estrada Rio-Bahia, ao lado do aterro sanitário. Porém, não foi permitido acesso ao espaço. Segundo informado em cartaz colado no portão, o atendimento no local acontece de segunda à sexta-feira, das 8h às 14h.

Prefeitura recebe defensores
A criação de legislação municipal específica para educação, proteção e defesa animal em Teresópolis foi o tema do encontro realizado nesta segunda-feira (6), na Ouvidoria Geral. Participaram representantes da Prefeitura e defensores da causa.  Durante o encontro foram sugeridas questões como reestruturação do Centro de Triagem Animal, no Fischer, a criação de setor específico para o bem-estar animal, implementação de políticas de proteção e posse responsáveis e mais rigidez nas situações como maus tratos e abandono. 
Segundo o Ouvidor Geral do município, Anderson Gutemberg, as ideias apresentadas servirão para dar início à elaboração do plano da gestão municipal relativo à causa animal. Previsto para o início de setembro, o novo encontro deve reunir a equipe da Secretaria do Meio Ambiente, da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Câmara Municipal, além dos participantes de organizações e defensores de animais.
Na reunião também foi discutida a divulgação de uma falsa notícia, que circulou nas mídias sociais durante o fim de semana, acusando a Prefeitura de ter retirado e jogado no lixo abrigos provisórios de cães de rua no entorno da Praça Baltazar da Silveira, na Várzea. Segundo Gutemberg foram consultados setores de várias secretarias, como de Fiscalização Fazendária, Vigilância Sanitária e Ambiental em Saúde, Setor de Zoonoses e de Limpeza Pública sobre o caso. “Nenhum órgão do município fez a retirada das estruturas que abrigavam os animais, garantiu o Ouvidor. O ouvidor destaca que as chamadas ‘fake news” em nada ajudam a solução de problemas. Ele lembrou que a Prefeitura tem canais oficiais de informação, entre eles a própria Ouvidoria”, informou a PMT, em nota divulgada pela Assessoria de Comunicação. 


Caixinhas, abrigos improvisados para animais de rua, doados por defensores da causa, desapareceram no fim de semana

 

Jorge Maravilha

 

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Edição 21/12/2024
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