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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Anninha comemora ano de grandes conquistas no Basquete

Atualmente atleta joga no Foz Basquete, de Foz do Iguaçu, e ganha praticamente tudo que disputa no cenário nacional e internacional

A cidade de Teresópolis, tradicionalmente, sempre produziu bons campeões, atletas olímpicos, e até grandes lendas esportivas do planeta. Toda essa efervescência no esporte, no entanto, vive nos últimos anos, talvez até nas últimas décadas, um período de hiato, ausência e até impossibilidade de surgimento destes talentos. A falta do incentivo ao esporte no ambiente escolar, a ausência de espaços públicos descentes para a prática esportiva, entre muitos outros aspectos, acabaram sendo determinantes para uma geração pouco “produtiva” do ponto de vista das carreiras esportivas. Mas uma teresopolitana prá lá de guerreira e dedicada está nadando contra essa maré há algum tempo e teve no ano passado seu maior período de conquistas e vitórias, tanto no esporte que pratica, quanto nas realizações pessoais. Anninha escolheu o Basquete, ou foi o esporte que a escolheu, mas o certo mesmo é que sua carreira hoje já é um dos maiores orgulhos dos cidadãos que se importam com nossa terra.
Aos oito anos, ela já participava de uma competição, defendia o Club Municipal, do Rio de Janeiro. Ainda na Cidade Maravilhosa, teve passagens pelo Botafogo, do qual uma torcedora e depois se transferiu para AA Vila Isabel. Como uma nave que quer viajar rumo ao Sol, primeiro precisa dar muitas voltas em torno da Terra para pegar a devida velocidade. Anninha assim fez, saiu daqui do interior fluminense para defender o ABASCA em Cachoeiras de Macacu. Uma vez renovada alçou um voo ainda maior e atravessando a fronteira de Rio e São Paulo foi para em Tupã, Minas Gerais. Mais um impulso, outra fronteira ultrapassada; chegando a Foz do Iguaçu, no Paraná. Decolando dessa Maravilha do Mundo, deixou o Oeste do continente, foi atravessar o grande Oceano Atlântico, chegando ao Velho Mundo: foi a vez da África conhecer suas habilidades com uma bola de basquete nas mãos. Muita coisa não? Talvez seja para muitos, mas para Anninha é apenas o início da história. 
Essa é apenas uma síntese dos primeiros capítulos de uma verdadeira história de amor ao basquete em seus dez anos dedicados incondicionalmente ao esporte da cesta, isso mesmo, uma década de atuação da teresopolitana. Aos seus seis anos, já treinava sozinha nas quadras de sua escola, o CESO e mesmo sem saber já inspirava os colegas da cidade. Depois desta dedicação inicial, suas viagens para treinos e jogos no Rio de Janeiro acabou pesando na escolha pela mudança de lar, e hoje, com seus impressionantes dezesseis anos de idade, consegue ostentar um belo currículo de grandes conquistas, incluindo, a honra de defender as cores da nossa seleção brasileira. Nestes dez anos de carreira, Anninha destacou o ano de 2018 como o seu melhor, e conta essa bela história.
"Este ano fez dez anos que eu comecei a jogar basquete e tudo começou lá trás com o professor Maurição na escolinha de Basquete, desde então passei por muitos altos e baixos, derrotas e vitórias e tudo isso fez com que eu me tornasse cada vez melhor. 2018 com certeza foi o melhor ano, onde joguei pela equipe do Foz Basquete e onde foram muitas as conquistas, inclusive com um acumulado total de dez medalhas conquistadas durante o ano. Com o time de Foz consegui participar do meu primeiro Brasileiro e também do meu primeiro Mundial e de vários outros campeonatos. O mundial escolar na África do Sul sem dúvidas foi o meu preferido onde ficamos com o segundo lugar e representamos muito bem o Brasil. A saudade de casa às vezes batia forte, mas quando dava meus pais arrumavam um tempinho pra passar uns dias lá comigo e também por vídeo chamada que dava pra matar um pouco a saudade”, enaltece Anninha, que mesmo com tanta dedicação aos treinamentos e competições não esquece de lembrar dos maiores responsáveis por sua trajetória, ou seja, seus pais.
Anninha também ressalta que quer fazer de 2019 ainda mais especial e de conquistas como foi ano passado e que treinar nunca foi problema em sua vida. “Em 2019 é voltar aos treinos e retomar a rotina de treinos, jogos, estudos e continuar atrás dos meus objetivos. Quero agradecer ao meu técnico Claudio Lisboa que me acolheu em 2018 e agora em 2019, também ao Douglas e ao meu preparador físico Maximiano Duarte, as minhas companheiras de time e todos da ABASFI”, lembra Anninha. A atleta ano passado faturou: Campeã Taça PR; Hepta Campeã nos Jogos Escolares do Paraná; Tri campeã sul brasileira de clubes; Hexa campeã estadual; Tri campeã dos jogos da juventude; Vice campeã mundial de basquete escolar na África do Sul; Vice campeã mundial dos países de língua portuguesa; Vice campeã brasileira escolar; Campeã Adulta Copa Foz; Campeã Taça Liga Oeste do Paraná Sub-17; Vice Campeã Jogos da Juventude Serie B, onde foi emprestada pelo Foz para disputar pelo Terra Rica, também do Paraná, para disputar a competição.

 

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Edição 26/11/2024
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