Anderson Duarte
Sempre que se coloca na mesa a discussão acerca do planejamento urbano e sua necessidade de implantação em municípios que experimentam crescimento além de sua capacidade territorial, fica praticamente impossível não se debruçar sob o tema da verticalização urbana e suas consequências. Neste fim de semana, um grupo de moradores do bairro de Albuquerque promove uma manifestação contra o anúncio de construção de um grande condomínio na localidade, e novamente fica o questionamento: verticaliza, ou preserva as características do bairro? Para o grupo contrário, nenhuma infraestrutura pública no bairro está preparada para a nova demanda, já a construtora afirma que seu empreendimento mudará os parâmetros de serviços da localidade e dará mais prioridade de investimento por parte do poder público. Pelas redes sociais, muitos internautas acusam o grupo de manifestantes de preconceito, já que o novo condomínio enquadra-se no programa Minha Casa, Minha Vida, e questionam a necessidade de preservação das características de Albuquerque, para muitos hoje um bairro abandonado e sem uma vocação clara.
“Olha, pelo amor de Deus, será possível que as pessoas não estão vendo o que Albuquerque está vivendo hoje? É galpão comercial para todo lado, muito problema estrutural, ficar brigando contra um empreendimento que vai gerar emprego, aumentar o número de moradores, atrair novos serviços e investimentos para cá é quase impensável. Mas são alguns proprietários que sequer deixam que asfalte suas ruas para manter o ar bucólico de roça. Ninguém me contou não, já ouvi veranista falar isso. É preconceito, puro e simples! Queria esse empenho todo quando anunciaram a venda do Clube, ou seja, se era para preservar, por que venderam? Lamento muito ainda passarmos por isso”, diz um de nossos telespectadores ao participar pelo nosso WhatsApp da redação. Já para os moradores contrários ao empreendimento, a novidade deveria ser precedida, no mínimo, por mudanças severas na infraestrutura de transportes, na conservação e manutenção das vias públicas, entre muitos outros aspectos que levariam o caos ao bairro.
Pelas redes sociais, muitos internautas acusam o grupo de manifestantes de preconceito, já que o novo condomínio enquadra-se no programa Minha Casa, Minha Vida, e questionam a necessidade de preservação das características de Albuquerque
Segundo dados mais recentes da ONU, enquanto em índices globais se encontram ligeiramente mais de 50% das pessoas morando em cidades, aqui no Brasil esse índice é superior aos 85%, e, segundo o IBGE, pouco mais da metade da população brasileira, algo em torno de 119 milhões de habitantes, vive em apenas 5,7% dos municípios. Toda essa concentração leva diretamente a necessidade da verticalização, e em municípios como Teresópolis, o déficit habitacional, a escassez de espaços e a concentração nos centros urbanos esse quadro se agrava a cada ano. Um dos aspectos que permite com que a nossa composição dos bairros não fique presa a um determinado padrão ou categoria é o fato da regulação urbana ser flexível, visto que o Plano Diretor é constantemente atualizado e bairros mudam seu zoneamento com o passar do tempo.
É comum que essas mudanças ocorram e alterem as características urbanas do bairro, ou seja, determinado bairro zoneado para pequenas residências unifamiliares, depois da legislação alterada passa a permitir grandes edifícios. Foi assim em Agriões, na Barra do Imbuí, e em outros bairros que começam a viver essa nova realidade. Segundo especialistas procurados por nossa reportagem, quando um determinado bairro experimenta verticalização, toda a sua atratividade normalmente aumenta, tanto pela renovação da infraestrutura e a introdução de novas potencialidades para o comércio, quanto pelo aumento da densidade, que por sua vez aumenta o número de atividades no mesmo local, atraindo ainda mais pessoas. Segundo o grupo que organizou o protesto em Albuquerque, este é justamente o problema deste novo empreendimento no local, ou seja, criar uma demanda e uma circulação que possa comprometer o dia-a-dia de todos, os já moradores e os futuros.
Os manifestantes pretendem colher assinaturas para um abaixo-assinado a ser entregue na próxima semana, ao Ministério Público do Rio de Janeiro. Os moradores alegam que o bairro não foi destinado a prédios, e sequer tem infraestrutura para acolher esse acréscimo de pessoas. Segundo alegam, já não se consegue atender de forma satisfatória os que lá vivem, sempre às voltas com escoamento sanitário precário, fornecimento altamente instável de energia e água, além de condições péssimas da Estrada Teresópolis-Friburgo, que atravessa a região. Os coordenadores do movimento apontam para uma provável série de irregularidades e ilegalidades durante a aprovação da obra pela Prefeitura, entre eles a falta de um estudo aprofundado de impacto na vizinhança. “Há também um desrespeito constitucional ao Plano Diretor de Teresópolis, e às leis de zoneamento, que classificam Albuquerque como uma zona residencial de unidades unifamiliares, ou seja, de casas. Embora o empreendimento paulista tenha uma planta que situa a entrada dele na quina da Estrada Teresópolis-Friburgo com a Estrada Noruega, a concentração de prédios, segundo a planta da construtora, se situa no miolo, e no extremo, da área do clube, que faz fronteira com áreas de residências unifamiliares, e no coração preservado do bairro”, diz comunicado dos moradores.
– Construtora anuncia condomínio com conceito prime no Minha Casa, Minha Vida
O “Cenário dos Pássaros” é o terceiro lançamento da Riooito na Região Serrana e nasce com a previsão de geração de mais de seiscentos empregos diretos e indiretos, entre seus motes de venda e atração de possíveis clientes está a tranquilidade, a segurança e o nosso muito contato com o verde, segundo eles, fatores que tem conquistado o mercado imobiliário e as famílias que desejam investir ou morar na região. O empreendimento nasce com duzentas unidades, enquadradas nos parâmetros do programa Minha Casa, Minha Vida, e é destinado a famílias com renda de até seis salários mínimos. O condomínio tem conceito prime, oferecendo lazer completo e segurança, a preços competitivos, seguindo o estilo dos dois empreendimentos de sucesso da Riooito: o Cenário de Monet, entregue com dois meses de antecedência em Petrópolis, e o Cenário da Montanha, primeiro resort pelo Minha Casa, Minha Vida na região e que está com obras aceleradas na localidade vizinha de Itaipava.
O “Cenário dos Pássaros” é o terceiro lançamento da Riooito na Região Serrana e nasce com a previsão de geração de mais de seiscentos empregos diretos e indiretos, entre seus motes de venda e atração de possíveis clientes está a tranquilidade, a segurança e o nosso muito contato com o verde
“O Monet foi um sucesso de vendas na época do lançamento e hoje os proprietários comemoram que seus imóveis já valorizaram quase 70% em dois anos”, afirma Mariliza Pereira, diretora da empresa. Fora do programa Minha Casa, Minha Vida, a Riooito lançou no final do ano passado o Infinity, em parceria com e BPWL em Teresópolis, que teve 100% das unidades vendidas na semana do lançamento. “Todos estes exemplos reforçam o potencial da Região Serrana e também a demanda por novos condomínios, dentro e fora do programa habitacional. Prova disso é que a maioria dos compradores é formada por moradores da Região Serrana”, conta Mariliza.
A executiva ressalta que os produtos estão levando um novo conceito de morar para a Região Serrana, o que contribui também para a valorização local. “No caso do Cenário dos Pássaros, a construção vai gerar 600 postos de trabalho diretos e indiretos, além de incrementar a economia local”, comenta. Outra grande preocupação presente nos projetos da Riooito diz respeito à preservação das áreas que vão receber os novos condomínios. É o caso do Cenário da Montanha. “Desenvolvemos um completo projeto de sustentabilidade. Para se ter ideia, em uma das fases vamos plantar 47 mil mudas, entre plantas e espécies frutíferas. A área que estamos recuperando é bem maior do que a exigida por lei. Para nós da Riooito, mais que uma exigência legal, o reflorestamento abre uma oportunidade de criar uma vantagem competitiva para o condomínio, criando para ele uma identidade única e deixando um importante legado para o meio ambiente e para os moradores”, destaca.