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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Após 50 anos, onça-pintada é registrada nas matas de Valença, no Rio

Há menos de 300 onças em toda a Mata Atlântica

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro identificou uma onça-pintada (Panthera onca) no Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença, no Sul do estado. 

O animal não era registrado no território fluminense desde os anos 1970, de onde desapareceu por causa do avanço urbano.

A onça – um macho adulto – vem sendo monitorada de forma intensiva desde dezembro de 2024 por câmeras do Inea e do Projeto Aventura Animal, parceiro do órgão.

A onça-pintada é considerada o maior predador das Américas e é importante no equilíbrio dos ecossistemas. Os números do Inea indicam que há menos de 300 onças-pintadas em toda a Mata Atlântica.

“Trabalhamos também para que a população fique segura com a presença desse importante animal, garantindo a tranquilidade de todos. Essa notícia é uma grande felicidade para todos nós, mas traz com ela também uma grande responsabilidade”, disse o secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade Bernardo Rossi.

Registro de onça-pintada feito no Parque Estadual da Serra da Concórdia, em Valença – Inea/Divulgação

Técnicos do Inea também tem analisado pegadas e fezes do animal, para identificar a dieta, que é baseada em animais como capivaras, catetos e tapitis. Não foi registrado qualquer ataque envolvendo animais domésticos ou de criação.

Segundo o Inea, há um plano de capturar o animal provisoriamente para instalar um colar de monitoramento e realizar exames laboratoriais. O procedimento contará com ajuda do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O aumento da cobertura de vegetação nativa nos últimos 40 anos é um dos motivos que explicam a migração da onça para o Rio de Janeiro. De 1985 a 2024, a área de floresta em território fluminense cresceu de 30% para 32%.

O governo do Rio de Janeiro espera chegar a 40% de cobertura de Mata Atlântica no estado até 2050: cerca de mais 400 mil hectares restaurados. O aumento tem potencial de absorção de mais de 159 milhões de toneladas de CO₂.

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Edição 29/07/2025
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