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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Após o temporal, hora de contabilizar os prejuízos

Além dos muitos pontos de alagamento, quedas de grandes árvores causaram danos e interromperam serviços

Marcello Medeiros

A primeira chuva mais forte e de maior continuidade causou vários prejuízos aos teresopolitanos. Os pontos de alagamento foram muitos, desde as “tradicionais” Carmela Dutra, Manoel José Lebrão e Tenente Luiz Meirelles a locais onde o acúmulo de água não costuma ser tão frequente, como no bairro do Alto. Além de ruas que mais pareciam rios, situação gerada pela falta de manutenção no sistema de bueiros e a necessidade de criação de redes de galerias em vários pontos, o temporal do final da tarde da última terça-feira causou o tombamento de grandes árvores em vários bairros, principalmente na região do Alto e Araras, onde ventou muito forte.

Na esquina da Avenida Oliveira Botelho e Praça Higino da Silveira, a Praça da Feirinha do Alto, uma grande árvore fechou parte da pista e atingiu a rede de telefonia e outros serviços. Uma equipe da Secretaria Municipal de Obras foi deslocada ao local na manhã desta quarta-feira para liberar a área para o trabalho das diversas empresas afetadas. Também no Oliveira Botelho, muitos galhos atingiram o muro e portão de uma residência quase vizinha à Fonte Judith. A nascente e atrativo turístico também sofreu pequenos danos pelo mesmo motivo.

Na Rua Jorge Lóssio, no Alto, outra árvore muito alta tombou durante a ventania atípica, atingindo o muro da residência onde estava localizada e a rede de alta tensão, além de causar o rompimento de cabos de telefone e internet. Ainda com a parte principal do tronco sendo travada pelo muro do imóvel, equipes da Enel iniciaram os trabalhos de recuperação, interditando totalmente o trânsito no local.

Logo depois que a água começou a baixar, comerciantes e moradores de bairros atingidos pelas enxurradas começaram a retirada da lama. Equipes da Secretaria de Serviços Públicos, auxiliados pelo pessoal da Agricultura, também atuaram em diversas frentes, mas até o início da tarde desta quarta-feira ainda havia muita sujeira em vários pontos. Também continuaram nos locais dos alagamentos diversos veículos que foram arrastados ou ficaram parcialmente cobertos pela água barrenta.
Até que a situação seja normalizada, os teresopolitanos devem ter atenção ao trafegar por diversas vias. Na Rua Oscar José da Silva, que liga Pimenteiras ao Panorama, por exemplo, houve afundamento do sistema de manilhas e asfalto, deixando o trânsito mais perigoso por conta dos buracos e manobras realizadas pelos motoristas que tentam evita-los. 

Estágio de vigilância

Em nota divulgada no final da manhã de ontem, a Defesa Civil Municipal informou que opera em estágio de Vigilância, com equipes de prontidão devido à previsão de chuvas fortes os próximos dias, principalmente nos finais de tarde. De acordo com o Centro de Monitoramento e Comunicação da Defesa Civil, os maiores índices pluviométricos registrados na terça-feira foram nos bairros Jardim Meudon – 88,02mm/h, Panorama – 75,52mm/h, Quinta-Lebrão – 71,06mm/h, Rosário – 69,06mm/h e Vale da Revolta – 45,00mm/h. 

As sirenes do Rosário, Quinta Lebrão e Vale da Revolta foram acionadas e desligadas após vistorias realizadas pelos técnicos da Defesa Civil e informações sobre as condições de segurança repassadas pelos voluntários treinados que atuam nos Núcleos de Defesa Civil Comunitária destes bairros.  Não houve vítimas, desalojados ou desabrigados. A Defesa Civil segue realizando vistorias técnicas e monitorando as condições do tempo. O telefone de emergência 199 funciona 24 horas.

Falta de manutenção e obras

Os temporais de fim de tarde “não são novidade para ninguém”, ocorrem de forma natural e sempre na mesma época do ano. Porém, apesar de já se esperar grande precipitação entre dezembro e março, há anos o município não recebe nenhum tipo de investimento em obras que possam amenizar os problemas gerados pelas chuvas fortes. Um exemplo disso são os frequentes alagamentos em diversas ruas mesmo sem o transbordamento do Paquequer. Ou seja, se existissem galerias em ruas como a Carmela Dutra, por exemplo, ou limpeza regular no sistema de bueiros em vários outros pontos, a água correria com muito mais facilidade e velocidade para o rio, que, por sua vez, deveria receber atenção por parte do Instituto Estadual do Ambiente. Com o desassoreamento e manutenção no trecho do extravasor e bairro de Paineiras, dificilmente haveria alagamentos em diversas ruas. 

Paquequer e Carmela Dutra são apenas dois dos muitos exemplos de locais onde há anos não acontece nenhum tipo de intervenção dos governos municipal e estadual, isso sem esquecer que é preciso manter de forma regular a coleta de lixo e o trabalho de educação em comunidades onde ainda é comum encontrar novas construções praticamente dentro dos cursos d´água.

Outras ocorrências registradas

Alto: Queda de árvores nas Ruas Jorge Lóssio e Oliveira Botelho, atingindo rede elétrica e obstruindo vias públicas; casa apresentando trincas devido à chuva excessiva.
Parque do Ingá: Queda de árvore sobre residência e ameaça de queda de outros arbustos.
Beira-Linha: Casa alagada.
Rosário: Queda de parede e casa apresentando trincas.
São Pedro: Queda de muro.
Morro do Tiro, Perpétuo e Pimentel: Deslizamento de terra.


Técnicos da Ampla trabalham na recuperação da rede de alta tensão na Rua Jorge Lóssio

 

 

 

 

 

 

 


Uma das árvores que foi derrubada pela força do vento na região do bairro do Alto

 

 

 

 

 

 

 


Equipe da Secretaria de Serviços trabalha na remoção de árvore na esquina da Oliveira Botelho com Praça Higino da Silveira

 

 

 

 

 

 

 

 


Um dos muito veículos danificados pelos alagamentos registrados na última terça-feira

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Edição 23/11/2024
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