Marcus Wagner
Cavalos, éguas, bois e vacas circulando livremente em grupo buscando alimento: uma cena que é comum em propriedades do interior em que há criação desses animais, mas que virou algo constante no dia a dia de moradores da Posse, um bairro urbano que sofre com o desleixo de proprietários. A situação já causou até um acidente com um automóvel que caiu dentro do rio após um motorista desviar de um destes animais.
Se os buracos nas ruas e a falta de iluminação já não fossem problemas suficientes, a localidade também passou a ter o aumento da população destes animais de pequeno e médio porte por toda parte. As reclamações são frequentes nas redes sociais devido ao perigo deste abandono e os moradores cobram atitudes mais efetivas do poder público para resolver o problema.
Neste final da Posse, o artista Adriano Ramires, morador da Posse e integrante da diretoria da Associação de Moradores do bairro, fez uma crítica em forma de ironia com o convite: “Quer morar na roça? Vem pra Posse” como legenda de sete fotos de diversos animais soltos pelas ruas do bairro.
Susto com acidente
Em novembro do ano passado, o condutor de um Renault Sandero cinza teve que uma fazer manobra brusca para evitar colisão com um cavalo solto na Estrada José Gomes da Costa, antiga Estrada da Posse, e acabou sofrendo um acidente. Ele caiu dentro do Rio Príncipe no trecho da Cascata do Imbuí e poderia ter se machucado gravemente.
Outros bairros com o problema
Além da Posse, moradores de outros bairros também convivem com o problema dos bichos perambulando pelas ruas, principalmente nas localidades próximas ao bairro do Alto, como Pedreira, Granja Guarani e Bairro de Fátima. Quem recebe as denúncias é a Guarda Civil Municipal atravpes do telefone (21) 3642-8299.
Fiscalização aguarda licitação
A fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e a COPBEA (Coordenadoria de Proteção e Bem-estar Animal) são os órgãos responsáveis por atender às denúncias de casos como este e já foram até a Posse algumas vezes, notificando os donos de alguns animais e advertindo sobre as consequências.
De acordo com Jackson Muci, coordenador da COPBEA, as equipes vão até o local para apurar as denúncias, identificar os proprietários e aplicar multas pelas irregularidades, cabendo até mesmo o registro criminal caso ocorra um acidente, porém não é feita a apreensão porque o município ainda não dispõe de um local adequado. Ele afirmou ainda que está em andamento um processo de licitação para contratar um curral privado que então receberá os animais que serão recolhidos. O coordenador afirmou que espera concluir esse procedimento até fevereiro.