Luiz Bandeira
Moradores das localidades de Canoas e Varginha, interior do município, recorreram ao jornal O Diário para denunciar as péssimas condições das estradas que dão acesso à localidade. O serviço de terraplanagem, uma intervenção que precisa ser feita antes do período das chuvas, não foi realizado e, consequentemente, com a chegada das chuvas, tornou-se intransitável o trecho que liga Canoas a parte mais alta de Varginha, dificultando o trânsito de veículos maiores como ônibus e caminhões. A principal preocupação dos moradores é quanto ao transporte escolar, que estaria em dificuldade de chegar a toda localidade, provocando inclusive evasão escolar. Na tentativa de melhor as péssimas condições da via, moradores tomaram a iniciativa de tapar alguns buracos com entulhos de obra. Para acessar Varginha é preciso sair da RJ-130, Teresópolis-Friburgo, no quilômetro 6, passar por Canoas pela estrada Isaías Vidal até a estrada de Varginha. Pelo nosso canal de WhatsApp (98136-6050), um morador que preferiu não se identificar denunciou o descaso do governo municipal. “A prefeitura sumiu há meses, perdemos a conta de quanto tempo não aparece pra fazer a manutenção”.
Através da Assessoria de Comunicação da Prefeitura, a Secretaria de Agricultura informou nesta quarta-feira que, “devido à frequência das chuvas, por ora as intervenções precisam ser interrompidas” e ainda que “as estradas do interior, são as que mais sofrem danos”. A pasta pontuou ainda que assim que o tempo melhorar retomarão os trabalhos de recuperação das estradas. Quanto ao acesso da van escolar, a Secretaria informa que “o tráfego não está impedido e que tanto veículos de passeio, caminhões e os ônibus de linha estão circulando pela região”.
Risco ao turismo
Nas localidades de Canoas e Varginha existem algumas atrações turísticas que podem ser prejudicadas por conta das péssimas condições das estradas de Varginha e Isaías Vidal. São hotéis fazenda, pousadas, circuitos de caminhada e de ciclismo e rios de águas cristalinas que podem deixar de receber visitantes, o que prejudicaria a já bem modesta economia da região. A produção rural, apesar de não ser a principal atividade financeira da localidade, também é atingida, pois, segundo moradores, os veículos que escoam a produção não conseguem transitar com carga.