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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Bando preso em Teresópolis tem ligação com tráfico, tortura, roubos e ‘gatonet’

Forças de segurança mais uma vez dão rápida resposta e levam mais nove para a cadeia

Marcello Medeiros

Nove moradores do chamado ‘Complexo PPR’, como envolvidos com a criminalidade chamam os bairros Perpétuo, Pimentel e Rosário, foram acordados pelas equipes das forças de segurança do município nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (22) e levados para a cadeia. As Polícias Civil e Militar e o Ministério Público (GAECO, GAP e 2ª Promotoria de Investigação Criminal), com apoio da guarnição de cães farejadores da GCM, a K9, cumpriram mandados de prisão expedidos pelo judiciário contra pessoas acusadas de fazer parte de uma das maiores facções criminosas do estado do Rio de Janeiro e participar de crimes como tráfico, tortura, roubos e ‘gato net’ – este último não tendo sido operacionalizado justamente graças à rápida intervenção dessas mesmas equipes em outra operação recente. Foram nove presos, sendo sete cumprimentos de mandados e dois flagrantes por tráfico. Entre os encarcerados, duas mulheres.

“Recentemente, fizemos uma grande apreensão de drogas e R$ 50 mil em dinheiro obtido com o tráfico, que seria escoado para o Rio de Janeiro. Essa ação teve como desmembramento essa investigação para identificar outros envolvidos. Em seguida, houve um caso de tortura praticado por esse mesmo bando, então conseguimos os mandados com a Justiça e a execução deles”, explica o Delegado Marcio Dubugras, Titular da 110ª DP.
A Promotora Roberta Gomes Jorio, do GAECO/MPRJ, destaca que o bando ligado à facção criminosa com base em comunidades no Rio de Janeiro tem sido monitorado e enquadrado nas tentativas de expansão em Teresópolis. “A gente tem realizado essas ações conjuntas, investigações em face desse braço do Comando Vermelho em Teresópolis, que além do tráfico tem cometido vários outros crimes, inclusive de tentativa de domínio territorial”, pontua.

“Recentemente, fizemos uma grande apreensão de drogas e R$ 50 mil em dinheiro obtido com o tráfico. Essa ação teve como desmembramento essa investigação para identificar outros envolvidos”, relata Marcio Dubugras. Foto: Marcello Medeiros / O Diário

A operação foi batizada de ‘Mountain Belt’, que tem o significado de ‘Serra Segura’, um desdobramento de outras ações realizadas nos últimos meses que encaminharam para o sistema prisional mais de 50 pessoas. “No nosso pensamento a gente só consegue entender que vai conseguir manter os níveis de segurança da cidade se prender qualquer pessoa que esteja envolvida com o crime. Se ela vai sair depois, não importante. O que buscamos é de imediato tirar o criminoso de circulação. E, sempre reforçando, essa parceria entre as instituições é fundamental”, destaca Dubugras.

“Recentemente, fizemos uma grande apreensão de drogas e R$ 50 mil em dinheiro obtido com o tráfico. Essa ação teve como desmembramento essa investigação para identificar outros envolvidos”, relata Marcio Dubugras. Foto: Marcello Medeiros / O Diário

Gorila no prejuízo
O narcotraficante e líder do tráfico conhecido como Gorilão, com 11 anotações criminais, é apontado como o principal mentor da grande teia criminosa que vem tentando implementar uma verdadeira rotina de terror nas comunidades de Teresópolis, ditando regras de convivência, decidindo quem pode residir nas comunidades, expulsando moradores, ordenando homicídios, torturas, roubos dentre outros crimes correlatos. Porém, frequentemente tem perdido dinheiro, drogas e seus ‘soldados’ nas ações das forças de segurança.

Participação da população
Além da contribuição mútua nas investigações, as forças de segurança do município contam com o apoio da população fazendo denúncias sobre tráfico e outros crimes para encaminhar à cadeia quem insiste em viver à margem da lei. “A população é fundamental nesse trabalho de integração, informando não só para a PM, mas para outros órgãos, sobre crimes. Isso ajuda a manter a segurança de todos”, reforça o Major Fernandes, do 30º BPM. “Sempre buscamos dar uma resposta rápida, agindo de maneira organizada, para evitar que esses bandos criminosos se consolidem. Temos buscado ser rápidos e eficazes para evitar o crescimento dessa e outras facções criminosa”, completa a Promotora Roberta Jorio.

“Sempre buscamos dar uma resposta rápida, agindo de maneira organizada, para evitar que esses bandos criminosos se consolidem”, destaca a Promotora Roberta Jorio, do GAECO/MPRJ. Foto: Marcello Medeiros / O Diário
“A população é fundamental nesse trabalho de integração, informando não só para a PM, mas para outros órgãos, sobre crimes”, pontua o Major Fernandes, do 30º BPM. Foto: Marcello Medeiros / O Diário
‘Toc, toc’: grupo criminoso que vive escondido nas vielas do ‘Complexo PPR’ acordou com a polícia batendo à porta nesta quinta-feira. Foto: AsComPCERJ
Edição 22/05/2025
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