Marcello Medeiros
Referência no resgate em áreas montanhosas, o quartel 16º Grupamento de Bombeiros Militares, em Teresópolis, segue reforçando a equipe para atuar nas trilhas e vias de escalada onde possam ocorrer acidentes e a necessidade de uma intervenção rápida e pontual. Na última semana, uma equipe do quartel local participou do ‘Estágio de Combatente de Montanha’, curso realizado no 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha do Exército Brasileiro, em Petrópolis.
Durante o estágio, foram ministradas instruções sobre montanha e relevo; encordamento com nós e amarrações; provas de alpinismo vertical com diferentes tipos de pedras e técnicas; rapel tradicional – de costas -, de frente e com extração de feridos; material de escaladas e técnicas para marcha de grandes distâncias com peso; retirada de feridos em ambiente de montanha, com marcha e escalada da Pedra de Thouzet – 200 metros de subida vertical -; entre outras.
O estágio teve participantes do Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Militar, do ICMBio, da Defesa Civil de Petrópolis, além de policiais rodoviários federais lotados no NOE-RJ, no Grupo de Motociclismo Policial (GMP-RJ), na 1ª Delegacia (Duque de Caxias) e na 5ª Delegacia (Barra do Piraí).
Muitos resgates na região
Apesar de não ser um grupamento especializado, o 16º GBM de Teresópolis é referência no estado em salvamentos de montanha. Com um grande número de acionamentos – foram mais de 80 nos últimos cinco anos – muitos dos seus militares buscaram, por conta própria, especializações em técnicas de escalada e resgate em altura. “O Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro possui grupamentos específicos para essa atividade, como o GSFMA, mas aqui em Teresópolis, pelo volume de ocorrências, vários bombeiros buscaram se especializar. Hoje, temos um efetivo preparado e experiente”, afirmou o Tenente Felipe Amaral, em entrevista recente ao Diário. Para manter o padrão técnico, o quartel conta com uma torre de exercícios usada com frequência. O treinamento constante, segundo ele, é essencial: “É o que garante que possamos prestar o melhor socorro possível à população. Além disso, conhecer a região faz toda a diferença”, concluiu.