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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Bugios voltam a aparecer na localidade de Água Quente

Moradores têm registrado imponente vocalização do macaco, também conhecido como “Barbado” ou “Guariba”

Marcello Medeiros

Mesmo em um município cercado de unidades de conservação ambiental como Teresópolis, avistar determinadas espécies da nossa fauna nem sempre é fácil. Dessa forma, quando um morador ou armadilhas fotográficas registram esses animais, é motivo de comemoração. Mas, às vezes, nem é preciso avista-los. Basta ouvir sua vocalização para ter a certeza que estão por ali e que, de uma hora para outra, podem ser contemplados pessoalmente. Um desses exemplos é o Bugio-Ruivo (Alouatta fusca), também conhecido como “Barbado” ou “Guariba”, que ainda resiste às ações do homem em fragmentos florestais como os encontrados na região de Água Quente, no Segundo Distrito. Nos últimos dias, moradores dessa localidade tem ouvido com frequência a forte e marcante vocalização desse primata, o que não ocorria há alguns anos desde muitos dessa espécie morreram em consequência de uma onda de febre amarela.
“Hoje, depois de seis anos, eu ouvi o som desses animais aqui em Água Quente, Barbado o nome mais conhecido. A febre amarela tinha causado o sumiço desses animais”, publicou nas redes sociais o vereador e produtor rural Fabinho Filé, que relatou ao Diário que outros moradores dessa localidade têm ouvido frequentemente os Bugios cuja vocalização é muito potente e considerada uma das mais altas da natureza. E, detalhe, seu forte grito serve para participar a outros da sua espécie quem é o dono daquele território, indicando então que há mais de um nas matas de Água Quente. Para marcar esse momento de felicidade dos moradores da região, Filé compartilhou imagens dos últimos flagrantes feitos por lá, quando um dos “ruivos da floresta” tinha o hábito de frequentar os quintais e telhados das residências.

Mais sobre o macaco
Seu comprimento pode variar entre 30 a 75 cm e sua pelagem consiste em tons de marrom e ruivo. Durante o deslocamento utilizam a cauda preênsil para auxiliar, andam de forma vagarosa e utilizam metade do seu dia para o repouso. São animais sociais, vivendo em grupos familiares, geralmente, de 3 a 15 indivíduos, mas podendo chegar a 40 indivíduos, sempre liderados por um macho.
Eles são animais suscetíveis a febre amarela, assim como o macaco prego, e como os humanos são contaminados com a picada de mosquito. Porém, enquanto há vacina para nossa espécie, não há como protegê-los. Além disso, erroneamente as pessoas acreditam que são eles os transmissores da doença e, na última onda da doença, diversos foram mortos em localidades do interior.

Edição 11/05/2024
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