Marcello Medeiros
Na edição desta quarta-feira (19) destacamos o cada vez maior número de reclamações dos teresopolitanos em relação aos buracos em vias públicas, problemas causados por sistemas de manilhas defeituosos ou danos em camadas asfálticas. E, na mesma data, a Viação Dedo de Deus divulgou comunicado informando que alguns itinerários estavam comprometidos justamente por conta da falta de manutenção em vias públicas. Segundo a nota, três linhas não estão realizando seus trajetos por completo. São elas: 44A – Bairro dos Funcionários X Castelinho (Devido um buraco na Rua Alberto de Oliveira, o ônibus está fazendo ponto final no início do bairro); 48A – Parque São Luiz X Cascata dos Amores (Devido a buracos em Taumaturgo, o ônibus está entrando na Rua Barreto Dantas e seguindo pela Rua Dr. Alípio de Miranda para sair na rua da Academia A2); e 52A – Rodoviária X Salaquinho (Devido a buracos na via de acesso ao Salaquinho, o ônibus está indo somente até a Matinha).
Após muitas reclamações e a necessidade de interrupção do essencial serviço de transporte coletivo, a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos destacou uma equipe para o Bairro dos Funcionários. Registramos o trabalho dos dedicados funcionários na ensolarada e quente final da manhã de ontem. A previsão é que a via seja liberada até esta quinta-feira. Em Taumaturgo, porém, onde os moradores reclamam do afundamento de manilha há vários meses, o problema persiste. Nesta terça-feira, uma moradora da Barreto Dantas relatou o seguinte: “Ligo para a prefeitura todo santo dia e, mesmo assim, ninguém se mobiliza. Um dia dizem que não tem manilha, no outro faltou funcionário, no seguinte a equipe teve um problema… Desculpas não faltam! Já são quase quatro meses nesse drama e o buraco só aumenta. Hoje mal dá para passar um carro de passeio e, daqui a pouco, nem isso. O caminhão de lixo, por exemplo, tem que vir por um lado da rua, fazer a coleta até aqui e voltar em marcha a ré, terminando o serviço por outro acesso. Isso faz demorar mais a coleta e consequentemente moradores de outros bairros são prejudicados”.
Mais protesto
Também na edição de ontem, destacamos o inusitado protesto realizado por um morador da Rua Guaicurus, no Jardim Meudon. Cansado de esperar por providências do poder público municipal, ele resolveu brincar com um espaço delimitado em volta de uma cratera causada por afundamento de manilha há mais de um mês: Colocou mesa e cadeira de um bar em frente e chamou de “área vip”. Dessa forma, de repente, algum representante do governo Vinicius Claussen se interessaria em visitar a comunidade.
E, na onda de gritar por socorro, uma pessoa residente na Rua Amapá, que liga o bairro de Fátima ao populoso São Pedro, colocou uma grande placa questionando o trabalho da secretaria responsável pela manutenção e ainda alertando para os prejuízos causados pelas crateras e grandes desníveis naquela movimentada via. Perto dali, na Tietê, a prefeitura promoveu um “remendaço asfaltático”, mas a operação “esconde buracos” não passou da Casa de Cultura.
Promessa de trabalho
Segundo informações da Secretaria de Serviços Públicos, os problemas de buracos, afundamento de vias por conta de rompimento de manilhas e asfaltamento precário, “vêm sendo agora solucionados de uma forma mais eficiente e permanente do que antes”. Ainda segundo a nota enviada para a redação do jornal O DIÁRIO “a rede de manilhamento, em determinados locais, tem mais de 30 anos, o que provoca o desgaste natural das manilhas”. Em alguns casos chega ser necessária a reconstrução parcial da rede de drenagem, como foi o caso da galeria em frente ao Hospital das Clínicas, onde mais de 50 manilhas precisaram ser trocadas. Após o reparo na rede, é feita a recomposição do pavimento, respeitando o tempo de compactação do solo. Só depois de uns dias é permitida a colocação do asfalto. Nesta terça-feira (18), a Prefeitura retomou as operações de reparo de calçamentos em vias da cidade. Dois caminhões de asfalto, conseguidos através de doação do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) de Duque de Caxias, foram utilizados na restauração do pavimento das avenidas que formam o corredor principal da cidade: Alberto Torres e Oliveira Botelho, no Alto, e Feliciano Sodré e Lúcio Meira, na Várzea, e algumas poucas ruas em Fátima.