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Caingá: Prefeitura de Teresópolis estuda adquirir incinerador para evitar ossário improvisado

Caingá: Prefeitura de Teresópolis estuda adquirir incinerador para evitar ossário improvisado

  • Polícia Ambiental encontrou ossadas amontoadas em cinco salas, um porão e um quarto

Apurando denúncias anônimas passadas ao Disque Denúncia (0300 253 1177), policiais da 5ª Unidade de Policiamento Ambiental, que atuam através do programa Linha Verde, registraram algumas irregularidades no principal cemitério do município, o Carlinda Berlim, mais conhecido como Caingá. A que mais chamou a atenção, com imagens fortes, algumas nem divulgadas pelo Diário, foi a improvisação para guardar ossadas retiradas de gavetas e nichos após o prazo legal previsto. “A equipe da 5ª UPAm procedeu ao local e conseguiu constatar no total cinco salas, um porão e um quarto com diversos restos mortais alocados de forma inadequada. Foi feito contato com o administrador do cemitério que disse não ter nenhuma licença ambiental para operar, e em seguida foi apresentado aos agentes um TAC do Ministério Público de 2006 onde foram encontradas diversas cláusulas não cumpridas pelo órgão administrador do cemitério municipal”, divulgou a equipe especializada da PM, através do site do Disque Denúncia. Sobre o preocupante tema, o governo municipal informou que “encontra-se em avaliação a realização de processo licitatório para implementação do serviço de incineração. A iniciativa pretende solucionar a ausência de um ossário – local específico para depósito de restos mortais após a exumação dos corpos sepultados nas gavetas mortuárias e covas rasas” e que “as ações são acompanhadas pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, que tem um termo de ajustamento de conduta firmado com o município”.
A Polícia Ambiental informou ainda que no momento da fiscalização os policiais militares observaram em tempo real, o lançamento de resíduos oleosos oriundos de uma das salas de armazenamento de restos mortais diretamente ao solo, contaminando assim a vegetação local e possivelmente o lençol freático. “Na necrópole, não havia tratamento de chorume, sendo que algumas partes não eram impermeáveis e não havia drenagem de água pluvial, o que poderia acarretar novamente na poluição do solo e doenças aos próprios funcionários da empresa e a população da comunidade da Fonte Santa que fica ao lado. Com base nos artigos 54 e 60 da lei de crimes ambientais, a equipe da 5ª UPAm procedeu à 110ª DP, onde a ocorrência foi registrada”, destacou o site do Linha Verde.
Em nota encaminhada para a redação do jornal O Diário no final da tarde de quarta-feira, a prefeitura informou que está realizando intervenções para solucionar antigas questões estruturais no Carlinda Berlim e que estão em andamento as obras de construção de 1032 novas gavetas mortuárias para ampliar a disponibilidade de vagas no local. “O processo construtivo inclui a utilização do inativador de gases, equipamento a vácuo que faz com que o necrochorume fique em estado gasoso, neutralizando o gás proveniente da decomposição. Isso evita o uso de reservatórios específicos para captação de necrochorume e reduz a chance de contaminação por esse material”, se defendeu o governo municipal.

Como denunciar crimes ambientais
O Linha Verde reforça a solicitação para que a população continue denunciando crimes ambientais em todo o Estado do Rio através dos telefones 0300 253 1177 (interior, custo de ligação local) ou 2253 1177 (capital), além do APP “Disque Denúncia RJ” disponível para celulares. Por essa modalidade, o denunciante pode enviar fotos e vídeos, com a garantia do anonimato. É possível denunciar também através da página do Linha Verde no facebook, www.facebook.com/linhaverdedd ou ainda pelo site do Disque Denúncia (www.disquedenuncia.org.br). Lembrando que em todos os canais, o anonimato é garantido ao denunciante.

Divulgação Linha Verde

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