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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Calçada da Fama, sem resquício dos famosos e do projeto inicial

Ideia de receber assinatura de artistas não passou do primeiro ano e área de lazer acabou esquecida, focando apenas no comércio

Marcello Medeiros
Luiz Bandeira

Com o objetivo de criar um novo atrativo turístico para o município e atendendo a uma antiga reivindicação dos próprios comerciantes, visando atrair mais consumidores ao local, foi inaugurada em 13 de dezembro de 2003 a Calçada da Fama de Teresópolis. O projeto previa fechar a Rua Francisco Sá, no Centro, para a criação de um calçadão onde artistas, atletas e outros famosos deixariam sua marca. Porém, poucas pessoas de destaque registraram a mão e a assinatura no local, placas que acabariam “desaparecendo” poucos anos depois. Dessa forma, sequer o nome do espaço continuaria fazendo sentido. Uma “calçada da fama sem famosos”. Mas a ideia de retirar as placas de concreto com as marcas da atriz Fernanda Montenegro, do compositor Carlos Cola, da cantora Fátima Guedes e do Presidente da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, Anísio Abrahão, foi apenas uma das ações de descaracterização do espaço.

Nem a construção dos quiosques estava na ideia inicial do projeto de Alessandro Nogueira. Foto: Luiz Bandeira e Acervo O Diário

O projeto foi idealizado pelo teresopolitano Alessandro Nogueira, que relatou ao Diário ter pensado em um calçadão totalmente diferente e que sequer seria realizado no trecho inicial daquela via. “Pelo projeto original a Calçada da Fama não seria na Rua Francisco Sá, não tinha essa previsão de fechamento de rua. Quando eu criei o projeto e apresentei para o governo da época, a minha ideia era que fosse feito no Parque Regadas, que já tem uma calçada ali bem construída, uma calçada larga que você poderia sim fazer o projeto de um a Calçada da Fama ali. Tanto que na ocasião eu fui agraciado pela então vereadora Margareth Rosi com um Voto de Congratulações pela elaboração do projeto. Paralelamente, a Margareth fez uma solicitação na Câmara de Vereadores dando respaldo ao projeto original para a criação de um espaço de lazer e entretenimento com está acontecendo agora com o governo Leonardo Vasconcellos, que é a criação desse espaço de lazer e entretenimento pra congregar toda família em um complexo que compreenderia Parque Regadas e Praça Olímpica. Mas na ocasião o governo da época preferiu fechar a Rua Francisco Sá e aí a Calçada da Fama foi levada pra lá”, relata Alessandro.

Espaço que deveria ser recheado de assinaturas e marcas de mão ficou apenas nos anos iniciais. Foto: Luiz Bandeira e Acervo O Diário

Sem a bagunça de fios e comércio
O idealizador destaca ainda que, se tivesse sido seguido o croqui original, hoje não seria necessário resolver a bagunça de fios na Calçada da Fama. “Havia uma previsão de que toda aquela fiação seria subterrânea, os postes seriam todos padronizados, as lojas seriam todas padronizadas, obviamente respeitando a identidade visual de cada comércio, enfim tudo isso estava previsto no projeto original”, pontua, citando também que na ideia embrionária seria feito um piso de concreto tingido e não em blocos, como ocorre agora. Outra ideia inicial que não saiu do papel foi criar um acesso de veículos de moradores da Ranulfo Féo através da Travessa Portugal, evitando o trânsito que se vê hoje.

Segundo a ideia de 2002, não seria a Rua Francisco Sá, mas o Parque Regadas o local escolhido. Foto: Acervo O Diário
Assinatura da atriz Fernanda Montenegro era a mais “cobiçada” do espaço, tendo “desaparecido” três anos depois. Foto: Luiz Bandeira e Acervo O Diário

Edição 15/03/2025
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