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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Câmara cobra a criação de uma agência local para fiscalizar a Águas da Imperatriz

“Quem sabe se o serviço é bom ou ruim é quem mora na cidade. E está péssimo”, destaca Marcos Rangel (PP)

Marcello Medeiros

Desde que substituiu a Cedae, em uma questionada concessão realizada pelo então prefeito Vinicius Claussen para oferecer os serviços de tratamento e fornecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, a Águas da Imperatriz tem sido motivo de insatisfação do teresopolitano devido aos valores cobrados – mais altos do que os da antiga empresa e que não condizem com o que é prestado ao contribuinte. Uma ação que poderia mudar essa situação seria a criação de uma agência reguladora local, como mais uma vez foi debatido na Câmara Municipal. Hoje, os responsáveis pela fiscalização são técnicos da AGENERSA – que trabalham no Rio de Janeiro.
A questão foi levantada mais uma vez no legislativo pelo vereador Marcos Rangel (PP), que relatou a dificuldade para se resolver problemas na pequena loja de atendimento da concessionária no município e, no seu entender, o não cumprimento do que está previsto em contrato. “É mais uma empresa que não presta o atendimento físico adequado aqui. Tem até uma loja, mas o atendente nunca sabe de nada e te encaminha para um canal digital. Outra questão é que sempre ouvimos falar sobre a responsabilidade de fechar os buracos abertos, mas estão fazendo de qualquer jeito. É só ver na Granja Guarani, abriram tudo e a chuva já levou o que colocaram, sem contar que quando é paralelo fazem de qualquer maneira. Aí a gente pergunta, o que mudou nessa concessão? Mudou bastante. Está muito mais caro, muito mais burocrático e mais problemático”, pontuou.
Em seguida, ele citou o início da construção da Estação de Tratamento de Esgoto, na Cascata do Imbuí, e a necessidade da agência local de regulação. “Tem que implantar essa ETE, mas a que custo? Diz que a partir do momento que implantar vai começar a cobra, mas como vai ser isso? Vai ser pelo esgoto tratado ou coletado? Como vai ser isso? Vou cobrar do prefeito, que falou isso enquanto vereador e também como prefeito, da implantação da agência municipal de regulação. Não temos que ir para AGENERSA, para falar com ninguém, ou para falar com o assessor do assessor. E o recurso para criar essa agência já está previsto na conta paga pelo contribuinte. A fiscalização hoje está na mão de quem não está nem aí para Teresópolis, se a água vai aumentar, se é bom ou ruim… Quem sabe é quem está na cidade e está péssimo. Com a Cedae era ruim, mas conseguiu piorar com essa Águas da Imperatriz”, enfatizou o edil.
A AGENERSA é a Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Estado do Rio de Janeiro. Segundo o processo de concessão do serviço, o custo da regulação e fiscalização é mantido pelo percentual de 0,5% (meio por cento) calculado sobre a efetiva arrecadação, apurada com base no mês imediatamente anterior, decorrente da prestação dos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, valor este que deverá ser pago à agência reguladora da concessão até o até o 10º dia
útil do mês subsequente ao faturado.

A Águas da Imperatriz informa que a previsão para o início dos serviços de coleta, afastamento e tratamento de esgoto em Teresópolis é para o ano de 2028. ETE será construída na Cascata do Imbuí. Foto: Luiz Bandeira / O Diário

Previsão da ETE e cobrança
A Águas da Imperatriz informa que a previsão para o início dos serviços de coleta, afastamento e tratamento de esgoto em Teresópolis é para o ano de 2028. “Nesta primeira etapa, será atendido o distrito-sede do município, que representa cerca de 50% da cidade. Para o ano de 2030, a expectativa é que esse percentual chegue a 70% e, em 2032, a 90%, abrangendo também o atendimento aos bairros de Vargem Grande, Albuquerque e Bonsucesso. Em 2028, será inaugurada a primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Teresópolis. A unidade será localizada na região da Cascata do Imbuí, com capacidade para tratar mais de 25 milhões de litros de esgoto por dia. Nesse mesmo período, serão executados 15 km de redes interceptoras, 4 km de coletores-tronco e estações elevatórias de esgoto, com o objetivo de coletar e transportar os efluentes até a estação de tratamento”, informou a concessionária ao Diário nesta sexta-feira (02).


Edição 03/05/2025
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