Marcello Medeiros
Mais uma vez a Águas da Imperatriz, concessionária que substituiu a Cedae no fornecimento do serviço de água tratada no município, durante a gestão Vinicius Claussen, voltou a ser assunto na Câmara Municipal. O vereador Marcos Rangel (PP) falou sobre o requerimento feito pela Comissão Especial de Fiscalização do Contrato, da prefeitura, em relação aos questionáveis serviços que têm sido realizados no município nos últimos anos. “Tem 120 páginas, a maioria só falando de problemas”, pontuou o edil, citando que tal equipe de fiscalização do poder público não pode fazer muito além de pontuar as situações e indicar necessidade de se refazer algo, por exemplo. “Não pode multar, não pode penalizar de fato, meter a mão no bolso dela. Não é isso que fazem isso com a gente o tempo todo?”, frisou Rangel na sessão da última terça-feira (11).
Dezenas de ruas abertas simultaneamente, para a instalação da rede de coleta de esgoto ou atualização do sistema de abastecimento de água, paralelepípedos deixados na calçada e recapeamento com material de qualidade duvidosa são algumas das situações reclamadas pela população desde que a Águas começou a esburacar a cidade visando cumprir o que está previsto em contrato. Para Rangel, tudo que foi indicado no documento encaminhado à prefeitura e obtido pela Câmara já é mais do que suficiente para se pensar em uma fiscalização mais aprofundada do legislativo. “Estamos falando de dois anos de contrato e já temos essa aberração. Precisamos nos precaver, criar formas mais contundentes de fiscalizar essa empresa… Só esse requerimento já permite que se abra aqui com uma lupa para a tomada de medidas mais enérgicas, fazer tudo que tentamos no passado, quando não teríamos ter deixado entrar no município. Agora precisamos trabalhar em uma ação de controle mais eficiente para que não façam o que querem na cidade… Tem um ditado que diz que ‘se bate na carroça para o burro entender o recado’. Se não entender, temos que levar à frente, fazer uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), como ocorre em Petrópolis e Guapimirim, que instaurou procedimento de empresa que está lá a 30 anos e deixaram virar o que virou”, frisou.
Prefeitura diz que está cobrando
Na semana passada, O Diário ouviu o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Davi Serafim, sobre a proibição da empresa abrir novas valetas enquanto não concluir o que está em curso. “Se ela abriu 100 metros, tem que fazer a instalação que precisa e já fechar os 100 metros. É preciso manter essa distância entre o que está pronto e o que será feito, para evitar que essa situação continue. Por isso as novas obras foram suspensas e fizermos vistoria e auto de constatação em cada que está em curso, como por exemplo em Pimenteiras, onde ocorre o maior transtorno… Avisamos por ofício e estamos acompanhando cada etapa das obras”, pontuou Serafim.
Também na entrevista à Diário TV, o secretário municipal falou sobre o questionamento da população em relação à qualidade do recapeamento nos locais de obras. “A empresa também foi notificada sobre isso. A prefeitura tem uma Comissão de Fiscalização e ido a locais como a Rua Jaguaribe, na Fazendinha, e em Pimenteiras. Há locais onde a via teve que ser toda refeita e a Águas já puniu a empresa terceirizada para o serviço”, explicou.
Obras em Pimenteiras e Agriões
Também na semana anterior, a Águas da Imperatriz informou que vai realizar obras da rede coletora de esgoto na Estrada das Pimenteiras até abril de 2026. O trânsito no local ficará em meia pista, com períodos de ‘Pare e Siga’. Os serviços serão realizados de segunda a sexta-feira, sempre das 7h às 17h. Nesta quarta-feira (12) teve início mais uma fase das obras de substituição de rede de água no bairro Agriões, em Teresópolis. A intervenção está sendo realizada na Rua Vereador José Elias Zaquem, no trecho entre o cruzamento com a Rua Uruá e a Rua Ário Menezes. Ao todo, serão substituídos 720 metros de rede nestas ruas, incluindo a Alexandre Magno. “As obras integram o conjunto de melhorias contínuas promovidas pela concessionária para aumentar a eficiência e a segurança do abastecimento na região. Nos últimos meses, já foram substituídos 660 metros de rede nas ruas Ypojuca, Uruá e Helena Rabelo, beneficiando diretamente os moradores do bairro. As antigas tubulações estão sendo trocadas por novas redes em PEAD (polietileno de alta densidade) — material moderno, durável e de alta resistência, que reduz perdas, melhora a qualidade da água e assegura regularidade no fornecimento”, informa a Águas.
