Em nota, Comissão de Saúde diz que médica mantém plantão em projetos da pasta e que a nomenclatura do cargo é que estaria errada
Em nota distribuída à imprensa nesta quinta-feira, 27, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal se posicionou sobre situação que ganhou as redes sociais nos últimos dias sobre a suposta contratação irregular de cônjuge do secretário Fábio Gallote, para atuar na secretaria de sua titularidade. O documento, com dados apurados após a Casa Legislativa receber tal questionamento, diz que são inverídicas as informações divulgadas por blogueiros nos últimos dias e que, contribuiu para a desinformação, um erro na nomenclatura do cargo ocupado pela profissional, que é médica. Ainda segundo a Nota, foi apurado que a médica labora em programas mantidos pela atual gestão, entre eles o “Zera Fila”, que vem reduzindo o tempo de espera de atendimento da saúde através do SUS no município.
“No tocante a atuação da Doutora Mariana Reis Marinho, importante destacar, que a mesma é a médica responsável pelo programa Zera Fila. Esse programa está garantindo que centenas de pacientes sejam atendidos e inseridos definitivamente no Sistema de Saúde, possibilitando acompanhamento médico contínuo. Através desse já foram efetuados 40% de atendimentos da fila existente em clínica médica, otorrinolaringologia, oftalmologia, ortopedia e dermatologia. O objetivo é a expansão do programa, incluindo novas especialidades médicas. Imprescindível lembrar, que o programa também inclui exames e que através do mesmo, em apenas 2 semanas, foram realizadas 80 colonoscopias, ocasionando a redução da fila de espera de mais de 2 anos, nesse ponto, objetiva-se a realização de mais 300 exames de colonoscopia”, pontua a nota, assinada pelos vereadores Raimundo Amorim (Presidente da Comissão de Saúde), Fidel Faria (Relator) e Dudu do Resgate (Membro). “Além disso, outro ponto de grande relevância da atuação da Doutora Mariana Reis Marinho em nosso município é o desenvolvimento do projeto de Criação do Centro de Tratamento a Pacientes Diabéticos e Hipertensos e o Centro de Tratamento de Feridas do Município de Teresópolis que terá unidades no Segundo e Terceiro Distritos”.
CARGO É OUTRO
Ainda segundo informado pela Casa Legislativa, existe uma confusão sobre o cargo ocupado por ela, com a nomenclatura atual não condizendo com a real função exercida pela profissional. “Ademais, quanto as apurações realizadas sobre o cargo de coordenador administrativo, primeiramente cabe esclarecer: 1) Que Coordenação Administrativa não é cargo UPA, essa nomenclatura foi equivocada quando criada e já corrigida; 2) A PMT possuí, uma coordenadora administrativa na Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela Ouvidoria, administração de áreas afins e respondendo por todos os processos do Conselho Municipal de Saúde, incluindo o DiG SUS, a Sra. Eliete Botelho Cardoso; 3) A PMT possuí, um coordenador administrativo na UPA, o Sr. Rafael Tressi Geraldo; 4) A PMT possuí, um coordenador administrativo no Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), o Sr. Ubiratan de Araújo Curcino; 5) O outro vínculo referente ao coordenador administrativo foi uma falha do RH, que prontamente foi corrigida”, apurou a Comissão de Saúde.
O documento cita ainda interesses políticos no compartilhamento das informações irreais, feitas, “em grande parte, por aqueles que, movidos pela ânsia de poder, deixam de reconhecer os avanços significativos que vêm sendo promovidos na gestão da saúde em Teresópolis”.
“SALÁRIO POR FORA É MENTIRA”
A Prefeitura informa que todos os dados referentes às nomeações são públicos e estão disponíveis no Portal da Transparência e não procede a informação sobre salário beirando os R$ 40 mil. “A respeito da alegação de que a servidora teria contrato de R$ 38 mil com esta municipalidade, reafirmamos categoricamente: trata-se de uma mentira. Esse assunto já foi esclarecido de forma transparente e a Prefeitura continua à disposição para maiores esclarecimentos”, informa Nota do governo municipal encaminhada ao Diário.
REPERCUSSÃO NA CÂMARA
O assunto foi comentado na sessão desta quinta-feira, 27, da Câmara Municipal. “Não estou aqui para defender ninguém, mas também não posso ouvir coisas que não são corretas, que não são justas, e não falar. A Comissão apurou e está aí a verdade… Quem não quer ajudar, porque não gosta que a situação está melhorando, gosta de ficar falando, mas a médica é uma profissional e está fazendo o seu trabalho”, disse Raimundo Amorim (UNIÃO).
Marcos Rangel, do PP, comentou: “Não é o fato de ser esposa do secretário, ou de prefeito… O que importa é se ela está fazendo o trabalho dela. Não pode é colocar alguém para ficar em casa sem fazer nada, aí tem que ser denunciado e até preso, mas não é esse o caso, porque se trata de uma trabalhadora”, disse o vereador, citando ainda interesses políticos de desafetos da atual gestão. “Hoje tem uns 50% que vão ficar dando porrada no governo o tempo inteiro. Faz parte o jogo sujo, desses moleques que têm na política. Logicamente tem os magoados com a derrota, os chateados por não estarem contemplados, os desiludidos que vão continuar com isso, provocando a confusão com mentiras e interpretações equivodas. Tem que se buscar a informação correta, se for realmente nepotismo, tem que denunciar, o que não pode é fazer discurso lindo com aquilo que a maioria dos politiqueiros gosta, de propagar a desinformação”, concluiu.
