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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Câmara recomenda o fechamento dos retornos na Reta em Teresópolis

Com objetivo de melhorar o fluxo de veículos, inicialmente medida seria experimental

Marcello Medeiros

Na sessão ordinária da Câmara Municipal da última terça-feira, 22, a Comissão Permanente de Transporte Público do Legislativo fez recomendações ao governo Vinicius Claussen em relação a dois problemas que há bastante tempo incomodam o teresopolitano, o transporte estudantil e os frequentes engarrafamentos e lentidão no trânsito e na região central do município. Em relação ao primeiro, diante do grande número de reclamações sobre a ineficiência na prestação do serviço, principalmente na zona rural, foi orientada a destinação de veículos da secretaria municipal de Educação que estariam parados ou subutilizados. A segunda questão, ainda mais polêmica. Para melhorar a fluidez nas principais avenidas da Várzea, foi orientado que a secretaria municipal de Segurança Pública promova o fechamento de todos os retornos ao longo das Avenidas Lúcio Meira e Feliciano Sodré, onde não houver semáforos logicamente. “Que seja revisto ainda que de forma experimental no prazo de 15 dias a mudança no trânsito acabando com o retorno na parte central desde a Casa de Saúde até a Casa e Vídeo, usando para isso a Carmela Dutra e a Nilza Chiapeta voltando ainda o retorno para o Alto pela Rua Rui Barbosa, paralela à Nilza Chiapeta”, pede a Comissão. Tais recomendações foram aprovadas por unanimidade. Porém, pelo menos até o fechamento desta edição, a SMSP não havia sido notificada sobre o pedido.
A intenção de proibir veículos parando o trânsito e cruzando as avenidas tem como objetivo fazer aumentar fluidez ao longo da Lúcio Meira e Várzea. Para facilitar o retorno nos sentidos contrários seriam utilizados locais onde há semáforos e seria modificado novamente o fluxo na Rui Barbosa, no trecho do lado da Nilza Chiapeta, permitindo que os que estivessem na direção da Várzea retornassem para o Alto. Porém, mesmo que experimental, diante do que acompanhamos ao longo dos últimos anos, tal medida dificilmente será colocada em prática. Toda vez que uma grande alteração é projetada, mesmo que temporariamente para tentar pelo menos amenizar um problema que fica maior a cada dia – lembrando que Teresópolis se aproxima de 110 mil veículos emplacados no Detran.RJ – é assustador o número de reclamações. Além do público em geral, que na maioria das vezes não faz o mínimo esforço sequer para compreender a necessidade de tentar novos caminhos para o caótico trânsito, a influência política é outro problema. Na história de Teresópolis, dezenas de entraves no trânsito não foram resolvidos “para não atrapalhar determinados empresários”. Tal medida, é evidente, vai contra os princípios básicos da administração pública.

Novo semáforo foi esquecido
Em janeiro passado, a Secretaria de Segurança Pública tinha programado a mudança de acesso à Reta para quem vem do bairro São Pedro. Tudo estava certo para mudar os semáforos do cruzamento da Rua Jornalista Délcio Monteiro (antiga Olegário Bernardes) com a Avenida Lúcio Meira, perto do Supermercado Regina, que passariam para a Rua José Correa da Silva Júnior (Esquina do Pecado), na Várzea. Com a alteração, o retorno em frente à Jornalista Délcio Monteiro seria fechado, não podendo mais ser cruzada a pista e dando mão somente no sentido Centro. “Durante a semana, um trecho do canteiro central em frente à Rua José Correa da Silva Júnior, na avenida Lúcio Meira, foi removido para que os motoristas que viessem da Rodoviária pudessem cruzar a Lúcio Meira e ter acesso à Reta no sentido Alto, podendo seguir dali também em direção à Várzea, como ocorre atualmente. O local ganharia nova sinalização vertical e horizontal, no final de semana, para orientar condutores de veículos e pedestres”, informou O Diário na ocasião. Porém, a poucas horas do início da experiência, teria ocorrido uma reunião na prefeitura evitar que ela fosse aplicada, atendendo a interesses apenas de uma parcela mínima da população. Na época foi alegado, mesmo com tudo informado acima, “que seria necessário realizar mais estudos”. Como resultado, o canteiro está até então picotado e faixas de interdição tentam conter, ineficientemente, o fluxo de motos no local.

Carros demais
Em entrevista para O Diário, no início do ano, o secretário de Segurança falou sobre a dificuldade para equacionar o aumento da frota em ruas inadequadas para tantos veículos. “Vai melhorar? Não, nós vamos amenizar, porque hoje Teresópolis sem mudança nenhuma de infraestrutura, rodando quase 110 mil carros aqui dentro, é uma situação muito difícil. As pessoas criticam, falam, a gente acolhe as opiniões boas, as ruim vai entrar em um ouvido e vai sair pelo outro, mas eu quero que Teresópolis faça isso, todo mundo trabalhando junto por um trânsito melhor. Deixa a gente fazer o experimento aqui, porque é um experimento e se não der certo eu não sou vaidoso não, o prefeito vai chegar e dizer que não melhorou em nada, eu retorno, mas eu tenho que tentar, ficar inerte na Secretaria sem tentar melhorar o que está aí, eu prefiro nem ficar”, pontuou Marco Antônio Da Luz.

Cada vez mais carros, motos, caminhões, ônibus… E os condutores tendo que driblar as adversidades do trânsito – Rodrigo Medeiros

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Edição 07/06/2025
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