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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Câmara repercute suposta coação para venda de terreno do Golf Clube

Prefeitura estaria pretendendo desapropriar terreno para Imperatriz construir ETE

Wanderley Peres

Repercutiu na Câmara Municipal, essa semana, a notícia de que a Prefeitura pretenderia desapropriar terreno no Golfe Clube para a construção de uma Estação de Tratamento de Esgotos pela concessionária do serviço de água e esgoto, Águas da Imperatriz. Sem desmentir a possibilidade, e alegando que tudo não passaria “de especulação”, o prefeito já havia se manifestado sobre a área a ser adquirida para a estação de tratamento de esgoto às margens do Paquequer. “Diversas áreas estão sendo estudadas pelo município e pela concessionária, e a decisão, além de técnica, buscará o menor impacto possível em nosso dia a dia. O resto é especulação”, disse em postagem na rede social o Vinícius, garantindo que “ainda não há definição alguma”, sugerindo que existe motivo, de fato, para a preocupação dos donos de terreno nas proximidades do Golf Clube.

Vereador Dr. Amorim

“Ouvi do presidente do Golf Club que a empresa da água quer fazer uma estação de tratamento de esgoto no terreno do clube, num dos lugares mais bonitos da cidade. Eles afrontaram o clube, exigindo que vendessem o terreno à margem do rio, e o clube não quer e nem tem o menor interesse em vender. Mas, os donos do terreno ouviram do pretendente à compra que se o clube não vender o prefeito vai desapropriar, e isso, além de uma grave ameaça por parte dessa empresa é também um alerta de que o prefeito tem interesse nesse negócio, ao ponto de estar propenso a tomar a área, para que o próximo prefeito pague a dívida, e para que ele dê de presente à empresa, que se quiser comprar deveria pagar com o seu dinheiro, e desde que o dono do terreno queira vender, o que está claro que não é caso”, disse o vereador Dr. Amorim. “O prefeito vendeu a água, não se sabe por quanto e nem aonde foi parar o dinheiro, nem quanto já foi recebido a gente sabe, e agora essa conversa de que o prefeito vai desapropriar um terreno para dar para a empresa que vem explorando a população com a água mais cara e ainda vai ter de pagar presente para o prefeito dar ao seu algoz. Dinheiro público é para o bem-estar da população e não para se gastar dando presente a empresa particular. Espero que esse governo que já fez tantas coisas que não foram boas para a cidade, não cumpra essa promessa de desapropriação de um terreno de tanto interesse para a cidade, pelo seu valor turístico, e por ser de uma associação, que é muito importante para todos nós”, concluiu o vereador.

Lembrando que o prefeito se gabava de contar com o apoio das associações de moradores, e das entidades de classe, de comércio e clubes, o vereador Rangel recordou que ninguém fez coro com a imprensa e a Câmara contra a venda da água.

Vereador Rangel

“Quando querem instalar uma ETE num bairro nobre, e como ela é feia, tem aspecto ruim, e cheira mal, perto de mim eu não quero, a gente ouve agora essa reclamação daqueles que o prefeito deixava claro que tinha nas mãos. Se fosse num bairro humilde, ninguém reclamava. Mas, é em bairro nobre, e os nobres estão se levantando porque serão prejudicados. Mas os nobres não reclamaram da venda da água que agora está preocupando eles, e todo mundo teve a oportunidade e tinha a obrigação de estudar e se manifestar contra a venda da água, que só aconteceu porque muitos que teriam que se levantar se calaram. Não vi as associações e entidades reclamar. Nenhum deles ainda se pronunciar nem mesmo contra”.

Para o vereador, o interesse da empresa fazer ali a ETE, não é porque é o local mais apropriado, porque não é, afinal se for feita mais para baixo, ficaria até melhor. “Mas o que é melhor para a cidade ou o serviço não importa para essa empresa, querem fazer ali porque é mais fácil, e fica mais barato, por conta da melhor topografia e melhor logística do terreno. Não vi o presidente do clube criticar o prefeito, mesmo depois de se ver prejudicado, criticou a empresa, aí é fácil”, concluiu Rangel.

Em sessão onde o vereador André do Gás teve novo pedido de informações ao prefeito aprovado por unanimidade, ainda sobre o imbróglio do empréstimo do terreno da Prefeitura na Sudamtex à Imperatriz, o vereador André do Gás lembrou que a fraude da concessão da água de Teresópolis, que está sendo discutida na Justiça em várias ações, uma delas do Tribunal de Contas do Estado, que viu risco de dano ao erário e direcionamento na licitação, mesmo assim conseguindo o prefeito e a empresa concluírem o negócio.

“A Águas da Imperatriz não ganhou a licitação, eles tomaram a água de Teresópolis, essa é a verdade”
disse o vereador André do Gás

“A Águas da Imperatriz não ganhou a licitação, eles tomaram a água de Teresópolis, essa é a verdade. Qual o critério de ter emprestado o terreno da Prefeitura na Sudamtex? Até hoje não responderam, por isso estamos reiterando o pedido. Estão cobrando qual 1 mil reais para instalar um hidrômetro e a água comercial dobrou de valor, e vem o aumento da taxa mínima em breve, sem conta a taxa de esgoto, que começa em menos de quatro meses”, alertou André do Gás.

Vereador Paulinho Nogueira

Líder do governo, o vereador Paulinho Nogueira garantiu que o prefeito não vai desapropriar o imóvel, porque é um lugar bonito, ideal para eventos, e que precisa ser preservado. “O executivo não vai desapropriar o imóvel, e se eu tiver que lutar contra isso, que não vai acontecer, eu lutarei, porque é uma coisa errada. Imóvel igual aquele não pode ser entregue para tratar esgoto. É uma discussão importante, e lutarei para que isso não aconteça”, disse, lembrando que a empresa deverá adquirir outro imóvel, que não naquela região, para a construção da ETE.

Edição 21/09/2024
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