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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Candidaturas locais chegam perto e alcançam suplência, mas com poucas chances

Mesmo com possibilidade de nomeações para ministérios e secretarias nos partidos, nomes teresopolitanos não devem ser beneficiados

Anderson Duarte

A condição de suplência, assim como grande parte da organização política do país, é sempre uma grande incógnita para boa parcela da população, e por isso, acaba sendo usada por muitos candidatos que alcançaram tal condição como uma espécie de “vantagem”. Você com certeza já deve ter ouvido de alguns candidatos, no período pós-eleição que “pode ser que eu entre”, e não é de todo mentira em alguns casos destes políticos, já que alguns suplentes podem mesmo efetivamente conquistar a vaga no cargo pleiteado nas urnas. Pensando nesta dificuldade de entendimento, e também para que você leitor não caia no discurso dos mais espertinhos, preparamos um levantamento sobre a situação dos principais candidatos votados na cidade e se eles possuem efetivamente condições de alcançar o cargo. Em algumas situações é difícil, mas há possibilidade real, já em outras é muitíssimo pouco provável que se tenha êxito a pretensão do político, curioso é que são justamente estes que mais propagam o “quase lá”.
A princípio, suplente é aquele que substitui quem não pode exercer a sua função por algum motivo, em seu significado léxico, é aquele que supre outro. Todos os candidatos não eleitos para grande parte dos cargos proporcionais, ou seja, vereador e deputados se tornam suplentes das casas legislativas. Eles passam a fazer parte da lista de suplentes do partido, e podem ou não assumir. Isto varia conforme a votação que fizeram nas eleições e a quantidade de eleitos afastados durante os quatro anos de mandato. A lista de suplentes é por partido, ou coligação, sendo composta por ordem de votação. O primeiro suplente é aquele com mais votos entre os não eleitos pelo partido ou coligação. Se um deputado eleito renuncia, é afastado, ou assume outro cargo, como uma secretaria ou ministério, por exemplo, quem assume a sua vaga é o primeiro suplente do mesmo partido ou coligação. A única diferença é com relação a suplência para o Senado, lá, os suplentes, já que são dois, são eleitos conjuntamente com o senador, e não segue as mesmas regras da suplência na Câmara dos Vereadores ou dos Deputados.
Ao eleger um senador, o eleitor também vota no seu primeiro e segundo suplentes, que fazem parte da mesma chapa. O primeiro e o segundo suplentes de senador só assumem o cargo caso o candidato eleito morra, entre em licença médica, renuncie, entre outros motivos de afastamento. A suplência nos mandatos de senadores foi criada para assegurar o cumprimento do mandato, reduzindo possíveis problemas como a morte dos senadores, por exemplo. Isto, pois o mandato de senador tem a duração oito anos, e não de quatro anos como os demais cargos eletivos no Brasil. Pode até parecer complicado, mas é mais simples que se imagina, o que dá trabalho é buscar a ordem de suplência dos partidos e coligações. Aqui em Teresópolis, algumas candidaturas foram bem votadas, outras nem tanto, e conhecer esses números pode ajudar na hora de não se enganar, afinal, tem candidato na rabeira da suplência jurando que vai assumir o cargo, quase como se acreditasse mesmo nesta “mentirinha”. Passemos ao quadro de suplências da cidade, pelo menos nas candidaturas de maior destaque.

– Candidatos assumem suplência, mas tem poucas chances de conquistar cargos 

Quem mais chegou perto da vaga foi o economiciário aposentado Nilton Salomão, que com sua expressiva votação deste ano alcançou uma boa condição de suplência. Não fosse a coligação feita pelo seu partido com o PDT, Salomão estaria hoje eleito, já que foi o segundo mais votado do partido e seu companheiro de sigla, Alessandro Molon foi um dos mais votados de todo o estado. A situação de Salomão era tão favorável que não fossem as candidaturas do PDT a sua frente o candidato teria o mandato e não a sua segunda suplência hoje ostentada. Mesmo com tanta possibilidade, o quadro de possibilidade para o próximo governo do estado e do país, não devem envolver nomes do PDT, muito menos do PSB de Salomão, portanto, uma eventual ascensão ao cargo seria pouco provável. Para Nilton Salomão ser eleito, faltaram 5.587 votos, sua segunda suplência é antecedida pelo candidato Caio Viana do PDT que fez 1046 votos a mais que Salomão. Seus gastos de campanha também foram expressivos: R$ 310.561,19, sendo desses, R$ 390.000,00 provenientes do fundo partidário, tão almejado este ano.
Quem gastou como sempre e “passou vergonha” como nunca na cidade foi o ex-prefeito Mario Tricano, do PP. Sua candidatura custou, segundo números disponibilizados no portal do TSE, R$306.262,92, sendo boa parte desse custo proveniente de doação de seus próprios recursos, R$ 230 mil. E para que chegasse ao almejado cargo, que entre muitos outros benefícios oferece o Foro Privilegiado tão almejado por alguns, Tricano teria de conquistar mais 15.790 eleitores teresopolitanos, e parece que os conselhos para queimar e enterrar lixo não foram suficientes para tal. Tricano ocupa hoje a terceira suplência do partido, posição que pode chegar a quarta casos os votos do candidato Zito, hoje sub judice sejam efetivamente computados. Assim como Salomão, o quadro externo e as relações do PP com as novas gestões não devem ser suficientemente benéficas para que o ex-prefeito chegue ao cargo.
Outro ex-prefeito que também gastou muito recurso próprio na campanha e que ficou longe da cadeira de deputado foi Nestor Vidal, ex-chefe do Executivo Mageense. Sua campanha, segundo informado ao TSE custou R$ 221.850,00, entretanto o candidato afirma ter doado de seu próprio bolso a quantia de R$ 450 mil. Para Nestor Vidal, do PDT, faltaram 32.720 votos para que fosse eleito sem a necessidade de suplência, que ele está na sétima posição da coligação. Um dos fatos que chamam a atenção é que o candidato a governador pelo seu partido, Pedro Fernandes, doou mil reais para o candidato Nestor. O pleiteante Marcio Andrade, da coligação SOLIDARIEDADE, PSDB e PPS, passou longe da eleição, mais especificamente, 45.634 votos a menos para conseguir ser eleito este ano. Sua votação o condiciona ao quadro de 11º suplente da coligação, com gastos declarados de R$ 12.615,00, sendo ele próprio o único doador da campanha com R$ 68.200,00.

– Azarões nas urnas, mas com azar nas coligações 

Um dos maiores destaques da eleição em Teresópolis, sendo inclusive muito mais bem votado no município que o próprio ex-prefeito que se auto intitula “campeão de votos”, apesar de alcançar apenas a nona suplência no partido, é talvez o que mais tenha possibilidade de chegar perto de assumir o cargo. O contexto que não é favorável para outros candidatos, é absolutamente favorável para Leandro Neves, que apesar de ter ficado por 10.088 votos da eleição, possui o diferencial de ser do partido do candidato Bolsonaro, e que possui grandes chances de vencer na disputa nacional, sem contar que também pode ser beneficiado com a sucessão em nosso estado, caso o Juiz Wilson Witzel alcance a vitória. As possibilidades de ministérios e secretarias a frente dos colegas de sigla de Leandro são muito grandes, por isso pode ser um beneficiado com as alianças. Leandro até o dia 18 deste mês havia declarado ao TSE apenas R$ 3.146,80 de gastos, entretanto sua declaração não está atualizada.
O ex-presidente da Mesa Diretora da Câmara e atualmente vereador em seu segundo mandato, Maurício Lopes, alcançou a segunda suplência do seu partido. Apesar de parecer melhor colocado que o colega do PSL, Lopes ficou a 18.656 votos atrás para conseguir alcançar a eleição, sendo que o seu partido, PHS, conseguiu fazer apenas um deputado, Gelson Azevedo. Mauricio declarou que doou R$ 30 mil do seu bolso para campanha e que gastou R$ 15.431,50 durante a mesma. O candidato do NOVO, Sultani precisaria de mais 46.884 votos para ser eleito e sua expressiva votação lhe conferiu a quinta suplência do partido. Já o candidato Pedro Werneck, precisaria de mais 26 mil votos para alcançar seu mandato nas urnas. Ele é o 25º suplente e ainda não há prestação de contas apresentada à Justiça Eleitoral.

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Edição 18/04/2024
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