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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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CARINHOSO E BRINCALHÃO: Buldogue “Chico” será encaminhado para adoção

Morador do Vale do Paraíso foi indiciado por maus tratos e pode pegar até cinco anos de prisão

Um registro feito por uma vizinha mostrou uma situação que seria corriqueira em uma residência no bairro do Vale do Paraíso: um cão da raça Buldogue Francês sendo espancado pelo seu tutor, um jovem. O vídeo foi parar nas redes sociais e causou grande comoção em Teresópolis, terminando em ocorrência policial na manhã desta quinta-feira (27), quando o animal foi resgatado e em breve, após todos os trâmites legais, deve passar a viver em outro lar. De nome “Chico”, o jovem cachorro foi levado para a 110ª Delegacia de Polícia junto com uma cadelinha da raça Shih-Tzu encontrada na mesma residência. Apesar de não haver registro de agressão a esse segundo animal, ele também foi resgatado por se entender que havia risco de novos atos violentos e, dessa forma, o procedimento deve ser o mesmo para a “irmã” de “Chico”.

Carinhoso e brincalhão, diante das câmeras do Diário “Chico” se mostrou bastante diferente do que é visto nas imagens que circulam nas redes sociais – onde aparece acuado e tentando escapar da violência do seu tutor. Foto: Plantão O diário


Por volta das 9h, equipes da Polícia Civil e Coordenadoria de Proteção e Bem Estar Animal (COPBEA) estiveram no endereço do denunciado, um rapaz. “Recebemos o vídeo onde aparecia esse homem maltratando o cão, instauramos inquérito e buscamos informações para localiza-lo. No dia de hoje estivemos na sua residência. Ele não estava, mas localizamos o cão e o trouxemos para a delegacia, assim como o outro animal que estava na casa. Vamos tomar as medidas judiciais para que sejam encaminhados para adoção, pois essa pessoa não tem condições de ter um animal. É importante frisar que, por conta de uma situação de maus tratos em 2020, em outro estado, a lei ficou muito mais rigorosa nesse sentido. De detenção passou para dois a cinco anos de reclusão. Então esse homem que apareceu no vídeo já está indiciado e poderá ter a pena de até cinco anos de reclusão. Só não está preso porque não estava em situação de flagrante ou logo após cometer o crime, visto que só podemos prender nessas condições ou com ordem judicial, mas poderá ter a sanção de dois a cinco anos de prisão, explica o Delegado Titular da 110ª DP, Marcio Dubugras.

Um registro feito por uma vizinha mostrou uma situação que seria corriqueira em uma residência no bairro do Vale do Paraíso: um cão da raça Buldogue Francês sendo espancado pelo seu tutor. Foto: Reprodução

Atendimento e adoção
Após o registro na delegacia, os animais foram levados para a realização de exames em clínica veterinária conveniada da prefeitura de Teresópolis. “Ele agora vai para um lar temporário e, após todo o trâmite judicial ser encerrado, passa para o processo de adoção. Esse caso serve, como tantos outros, para que as pessoas se conscientizem que maltratar animais é crime, tem pena, prisão. E também mostra a importância de se denunciar, pois vamos até o local e constando a situação, vamos agir”, pontua Josiane Domingos, Coordenadora da COPBEA.
Carinhoso e brincalhão, diante das câmeras do Diário “Chico” se mostrou bastante diferente do que é visto nas imagens que circulam nas redes sociais – onde fica acuado e tentando escapar da violência. O médico veterinário João Castro, da Clínica Cantinho da Bicharada, explicou o procedimento realizado nesse tipo de situação. “A primeira coisa é fazer uma avaliação clínica para saber do estado geral do animal, depois coletamos sangue, fazemos um exame básico e se for necessário aprimoramos. Depois fazemos um laudo que é anexado a todo o processo realizado pela COPBEA, para quem adotar o animal saber como está sua saúde”.

“É fundamental que se filme, se preste informações que possam ajudar a chegar justamente às autorias dos crimes. Imagine se essa pessoa não tivesse filmado? Esse animal poderia estar até morto agora”, destaca o Delegado Marcio Dubugras. Foto: Gilberto Oliveira / O Diário

Faça sua parte, denuncie
As denúncias podem ser feitas para a Polícia Civil através do Whatsapp (21) 985967091 ou para a COPBEA através da Ouvidoria Geral do município, pelo aplicativo eOUve ou pelo whatsapp (21) 2742-8264. “Fazer denúncias é fundamental, a população está dentro da segurança pública, tem que contribuir com a polícia, que não tem condições de saber tudo que acontece. É fundamental que se filme, se preste informações que possam ajudar a chegar justamente às autorias dos crimes. Imagine se essa pessoa não tivesse filmado? Esse animal poderia estar até morto agora”, destaca o Delegado Marcio Dubugras.


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Edição 29/06/2024
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