O juiz Luis Claudio Rocha Rodrigues, titular da 1ª Vara Criminal de Petrópolis, manteve a prisão de Lourival Correa Netto Fadiga, assassino confesso da advogada Anic Almeida Peixoto Herdy. A vítima desapareceu em 29 de fevereiro de 2024 e ficou sete meses sem ser localizada. Em setembro do ano passado, Lourival confessou o assassinato da vítima e indicou onde o corpo estava: concretado no quintal da sua residência no bairro do Panorama, em Teresópolis.
Anic foi assassinada em um motel, em Itaipava, na Região Serrana. Ela teria sido morta por asfixia mecânica e, em seguida, teve o corpo enrolado um lençol e transportado de carro para a casa de Lourival. No mesmo dia em que a vítima foi vista pela última vez, o marido dela – o empresário Benjamin Cordeiro Herdy – recebeu uma mensagem de uma pessoa dizendo que estava com ela e exigia um alto valor para libertá-la. O valor de resgate, em torno de R$ 4,6 milhões, foi entregue, mas a advogada não retornou para casa.
Lourival responde por homicídio, ocultação de cadáver e extorsão. “Os requisitos elencados no artigo 312 do Código de Processo Penal restam mantidos, não sendo as medidas cautelares diversas da prisão suficientes ao caso concreto. Em vista das considerações esposadas, a prorrogação da cautela se faz impositiva e é assegurada no presente momento, posto que os requisitos analisados quando da fixação da cautela mais gravosa se mantêm hígidos. Diante do exposto, conjugados o fumus comissi delicit e o periculum libertatis, mantenho o decreto prisional em desfavor do acusado Lourival”, decidiu o magistrado.