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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Caso Júlia: motoqueiro de Teresópolis não tem CNH e ainda teria furtado a moto

Ainda segundo a polícia, ele só se apresentou após parentes terem sido localizados e XRE apreendida

Luiz Bandeira

Na noite deste último domingo, 10, um atropelamento no bairro da Fonte Santa fez vítima a adolescente Júlia Gomes de Araújo, de apenas 13 anos, que até o fechamento desta edição estava internada no CTI do Hospital das Clínicas de Teresópolis Constantino Otaviano em estado gravíssimo. A criança não viu uma motocicleta que seguia na rodovia BR-116, em direção ao viaduto da Prata, sendo violentamente atingida pelo veículo, por volta das 18h30. A Polícia Civil investiga a informação amplamente divulgada que o motoqueiro fazia manobras no momento do acidente. Estaria empinando a XRE de cor preta e, portanto, perdido o campo de visão onde estava a criança e ainda contribuindo para o acidente pelo fato de o farol estar virado para o alto, em um horário sem iluminação natural. Além disso, ele fugiu do local sem prestar socorro à vítima. Somente três dias depois, após identificação por parte da polícia, o motociclista que causou o atropelamento, um jovem que acabou de completar 18 anos, se apresentou na 110ª DP. Nesta quinta-feira, 14, o Delegado Titular da unidade, Dr. Márcio Dubugras, falou com o jornal O Diário e Diário TV sobre a situação. “O autor só se apresentou depois que policiais militares e policiais civis o identificaram, porque ele estava foragido. Assim que aconteceu o acidente ele fugiu para Minas Gerais e, somente depois que ele teve informações de que a polícia o identificou, ele retornou e se apresentou”, enfatizou a autoridade policial.

Moto envolvida no atropelamento está depositada junto a outras duas motos apreendidas por exibição de manobras em via pública


O Delegado informou também que chegou a autoria devido a informações fornecidas por populares. “É importantíssimo que se tenha colaboração da população no sentido de ajudar a polícia, nós chegamos a autoria, conseguimos apreender a moto, a moto foi periciada, ela está apreendida na delegacia”. Dr. Márcio disse também acreditar que o jovem motociclista só se apresentou por que a polícia já estava de posse da sua identidade. Ainda de acordo com o delegado, será imputado ao autor algumas agravantes. “No nosso entender, segundo a informação de que infelizmente a menina teve morte cerebral, nós estamos confirmando isso, mas chegou essa informação, se isso é verdade, ele vai responder por homicídio, qualificado pela falta de habilitação, ele não tinha sequer habilitação para dirigir, qualificado por ter se evadido do local e não ter prestado socorro a vítima e uma informação que está chegando pra gente é de que no momento do fato ele estava empinando a moto e por isso ele perdeu o controle e atropelou a menina”, pontuou, atentando ainda para outra grave situação. “Temos depoimento também no sentido de que o proprietário da moto, que é um parente do autor, não permitiu e nem permitia o uso da sua motocicleta, então esse rapaz, esse autor também vai responder pelo crime de furto”, resume Dubugras. Com algumas avarias, a XRE foi encontrada na casa de um familiar do suspeito, na localidade de Canoas, e apreendida na 110ª DP.

“É aquilo que a gente costuma dizer pras pessoas que ficam batendo palma pra quem fica empinando moto em Teresópolis. Está aí ó! Um acidente grave, uma menina vitimada por causa da imprudência”, destacou Márcio Dubugras

De olho nos motoqueiros
Márcio Dubugras tem sido um ferrenho defensor da ordem no trânsito da cidade, combatendo crimes cometidos por motoristas e motociclistas que insistem em exibir manobras que põem em risco a vida de terceiros, e dá o recado: “É aquilo que a gente costuma dizer pras pessoas que ficam batendo palma pra quem fica empinando moto em Teresópolis. Está aí ó! Um acidente grave, uma menina vitimada por causa da imprudência de um rapaz inabilitado, que acabou com a vida de uma menina. E se fosse seu filho, seu parente, você continuaria defendendo ficar empinando moto na rua?”, enfatizou. Cerca de três meses atrás, o Delegado apreendeu outras duas motocicletas utilizadas em crimes de trânsito e indiciou seu proprietário, que as utilizava para fazer “gracinhas” em vias públicas e publicar em redes sociais, por 180 vezes. As motos continuam no pátio da 110ª DP e hoje ele responde aos crimes em liberdade.

Gilberto Oliveira

Edição 18/05/2024
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