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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Centenas de pessoas passam as madrugadas na filas

Apesar do esforço, secretaria de Educação diz que não há garantia de transferência escolar para todos os casos

Anderson Duarte

O começo do ano é mesmo de muita correria com o início do período de matrículas de alunos novos e regulares da rede pública de ensino, mas nesta segunda-feira, 04 (também na terça-feira dia 05/02), pela manhã, quem passou pela Rua Carmela Dutra em Agriões, viu uma cena bastante impressionante, centenas de pessoas a espera do atendimento na Secretaria de Educação do município, na expectativa de uma possível transferência. E o pior de tudo é que mesmo quem cegou de madrugada, e foram muitos os casos do tipo, e conseguiu ser atendido, não tem a certeza de que terá sua solicitação aceita e concretizada. Com muitas críticas com relação a necessidade de atendimento presencial, a prefeitura admite que tem dificuldades para iniciar o serviço online deste tipo de demanda, mas promete uma integração total na pasta. Segundo o governo, são quinhentas senhas por dia, com horário de atendimento entre oito e quinze horas, mas a secretaria “não garante a certeza do pedido solicitado”, explica.
Diz a nota enviada a nossa redação: “A Secretaria de Educação informa que começou nesta segunda-feira (4) o período de transferência escolar (da rede privada para a pública e transferência entre escolas da rede municipal). O atendimento acontece das 8h às 15h. A Secretaria esclarece que, apesar da fila que se formou, o atendimento está em ritmo normal e que são distribuídas 500 senhas diárias a partir das 8h. A Secretaria ainda informa que não garante a certeza do pedido solicitado, pois depende de inúmeros fatores, dentre eles o número de vagas na escola. A pasta ressalta que a transferência escolar pode ser realizada até o mês de setembro. A Prefeitura está trabalhando para implementar sistema de gestão integrado da educação, o que possibilitará matrícula on-line”, diz o texto de autoria da assessoria de comunicação.
Apesar de não ser uma novidade na vida dos pais e responsáveis de alunos, esse problema não tem sido objeto de reportagens jornalísticas há algum tempo, visto que muitos municípios resolveram o problema do atendimento com a informatização do sistema. Ou seja, em quase todas as prefeituras, em especial no estado do Rio de Janeiro, esse tipo de solicitação é feita pela internet, sem fila, contratempo e com resultado praticamente imediato. O período de matrículas dos alunos que já estudam na rede pública de ensino e que desejam trocar de escola, bem como aqueles que querem sair da rede privada com destino ao ensino público, começou nesta segunda-feira, e segundo a prefeitura, mesmo com todos os documentos em dia e com a solicitação sendo feita dentro do prazo, não há garantia de que haverá vaga para a transferência.
Algumas pessoas, inconformadas com a demora no atendimento e com a falta de respostas sobre a possibilidade de transferências, usaram as redes sociais para desabafar, como o caso de uma moradora da Tijuca, que através da FanPage de O DIÁRIO criticou o posicionamento da secretaria. “Eu acho que a prefeitura gasta tanto dinheiro com tanta coisa inútil que chega a ser absurdo que em pleno ano de 2019, uma mãe que precisa que seu filho estude, tenha que acordar de madrugada para conseguir atendimento. Eu faço praticamente de tudo hoje pela internet, até o resultado de um exame que eu faça eu posso abrir de casa, a hora que eu quiser, sem ter que enfrentar fila pra nada. Eu sou uma trabalhadora simples, nem tenho faculdade, mas sei que dá perfeitamente para fazer um sistema que evite as filas e, o mais importante, já tenha a resposta para essas pessoas. É desumano pegar tanta fila e não saber se seu filho vai conseguir estudar ou não. Eu sei que é direito dele, mas infelizmente nossa prefeitura parece que esqueceu disso. Tem administrar para todos. Eu já tive condições de manter meu filho em escola particular, mas hoje não tenho mais, não é justo que seja punida por isso, enquanto eu pude eu ajudei o Estado e mantive meu filho em escola particular, mas hoje eu não posso mais e tenho esse direito”, lamenta a moradora.

 

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Edição 23/11/2024
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