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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Chega ao fim a história do “elefante branco” do Panorama

Construída irregularmente, casa de três andares colocava outras em risco e foi totalmente demolida

Uma história que poderia ter acabado de maneira trágica, até com mortes em consequência de um possível deslizamento de um imóvel de três andares, segundo entendimento da secretaria municipal de Defesa Civil, chegou ao fim na semana passada de maneira bem diferente. Foi concluída a demolição da construção na Rua Albert Sabin, no Panorama, que tirou o sono de moradores dos imóveis na rua abaixo, a José Oscar da Silva, por quase um ano. Nesse período todo, após constatarem o surgimento do grande desmatamento e posteriormente a utilização de pilotis de ferro para sustentar três andares de tijolo e concreto, em um terreno com grande inclinação, eles pediram providenciais ao governo municipal. Os meses foram passando, as estruturas enferrujando e entornando e a cada dia os três apartamentos ganhavam mais detalhes. As soluções só vieram depois que o prefeito Vinicius Claussen foi abordado por um grupo de moradores na porta da sede do jornal O Diário e Diário TV, onde havia participado de entrevista ao vivo minutos antes. 
Após a decisão judicial pela demolição, atendendo ao pedido da SMDC, O Diário acompanhou o trabalho de derrubada das paredes e lajes, realizado por uma empresa local, a “Tonhão Demolição”. Em uma das investidas para registrar a situação, conversamos com uma das moradoras das residências na rua abaixo, que relatou o drama de ter que se afastar de casa até que tal procedimento tivesse início.  “São quatro famílias que tiveram que deixar suas casas, duas foram abrigadas por parentes, minha família e uma vizinha da minha casa, fomos alojados em um hotel. O proprietário sumiu, ele chegou a pagar algumas diárias do hotel mas não cobriu nossos gastos. Foi um enorme transtorno que esse rapaz nos causou, tendo esse período de pandemia como principal agravante. Muito triste ser tirada de casa por conta de um inconsequente”, relatou na ocasião, em entrevista para o repórter Luiz bandeira. 
O grande imóvel que estava sustentada sobre pilotis tinha três andares e um quarto pavimento seguia em construção. Durante toda a construção, os vizinhos recorreram à fiscalização da prefeitura, porém mesmo com a interdição da Defesa Civil, havia o risco de desabamento e a necessidade de que o imóvel fosse desconstruído o quanto antes.
“O fato é que o proprietário do imóvel construído sem respeito às normas técnicas e que não sofreu fiscalização prévia de órgão competentes, amargou um grande prejuízo, assim como os moradores que temporariamente tiveram que abandonar suas casa. A administração municipal ainda não conseguiu explicar como permitiu que isso acontecesse. Vale o alerta para que a prefeitura reforce a fiscalização e para que ninguém mais tente construir sem uma devida orientação técnica”, denunciou O Diário em uma das muitas reportagens sobre o tema.

 

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Edição 21/12/2024
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