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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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CICLISMO: Três municípios, mais de 150 quilômetros e muitas belezas

Conheça uma possibilidade de “longão” conectando Teresópolis, Sumidouro e Nova Friburgo

MOCHILEIRO – Marcello Medeiros

O homem é movido a desafios, pelo menos a grande maioria está sempre buscando algo para superar, que deixe alguma marca positiva em sua vida ou, mesmo que o resultado não seja o esperado, sirva de aprendizado. Na minha rotina de “atleta de fim de semana”, estou sempre buscando realizar alguma coisa diferente, para expandir meus limites e construir boas memórias. Um desses desafios pessoais, que estava guardado na gaveta há muito tempo, era percorrer, em apenas um dia, um circuito conectando Teresópolis, Sumidouro e Nova Friburgo, retornando para a cidade inicial. No fim de semana passado, consegui colocar em prática essa ideia, percorrendo 156.8 quilômetros em um trajeto com 2.560 metros de altimetria basicamente por estradas asfaltadas, com exceção de um trecho de 11 quilômetros na parte central, que acabou sendo o grande desafio desse “longão” – como são chamadas no meio ciclístico as atividades com maior extensão e tempo de duração.
Saí de Teresópolis por volta das 7h, tarde até para o que havia proposto, mas foi o horário que deu. Segui pela rodovia BR-116, conhecida como Rio-Bahia, por cerca de 50 quilômetros. Cruzei toda a extensão dessa estrada no Segundo Distrito de Teresópolis, até o limite com São José do Vale do Rio Preto e acesso para Sumidouro. Mais alguns quilômetros, uma parada para um café já no município vizinho.

Na divisa entre Teresópolis e Nova Friburgo, já com mais de 100 quilômetros pedalados

Serra e túneis
Em Sumidouro, o primeiro grande desafio. A serrinha que conecta Volta do Pião à zona urbana dessa cidade. Felizmente, são aproximadamente três subindo e outros 11 descendo, até a Pedra das Duas Irmãs. Essa é uma bonita região, cercada de montanhas e morros, além de plantações e fragmentos florestais. No atrativo turístico, segui para a direita, subindo em direção à antiga estação de Murinelli, fazendo uma parada no famoso “cantinho do pastel” para recuperar as energias. Para chegar até ali, mais uma subida em asfalto.
Dali e, por mais 11 quilômetros até outro imóvel onde funcionou uma estação da Estrada de Ferro Leopoldina, a de Mariana, o grande desafio diante da bicicleta que eu havia escolhido utilizar: uma ciclocross com pneu 700×32. Em alguns pontos próximos aos famosos túneis, muita lama. Devagar e sempre, derrapando e por vezes afundando, consegui vencer o lamaçal. Mas ainda haveria outro ponto duro antes da derradeira parte final do “longão”. O trecho entre Mariana e a RJ-130 é asfaltado, mas a qualidade não é das melhores e há alguns pontos mais íngremes, portanto um pouco mais duros para quem não estiver com uma relação de marchas mais ampla.

Ruínas da Estrada de Ferro Leopoldina em Murinelli. Linha férrea conectava Sumidouro e Nova Friburgo

A Casa Suíça
A saída para a Teresópolis-Friburgo é ao lado da Casa Suíça, onde funciona o Memorial da Colonização Suíça no município vizinho. Dali até meu destino final, ainda seriam mais de 60 quilômetros, sendo a maior parte pela RJ-130. Uma nova parada para lanche e hidratação e bora seguir adiante, agora embaixo de uma chuva fina e insistente. Foram 12 quilômetros quase que sempre nessas circunstâncias até o limite entre os dois municípios.

Noite e chuva
Quando cheguei ao Alto de Vieira, já era próximo das 17h. Sabia que o ideal seria acelerar para evitar pegar noite na rodovia, mas que isso seria impossível. Além de naturalmente a grande velocidade não ser um forte meu, minha característica principal acaba sempre me freando mesmo quando me esforço para pedalar mais forte e rápido: o gosto pela contemplação, pela admiração de lugares como é o nosso Terceiro Distrito, recheado de formações rochosas, colorido pelas plantações diversas e, portanto, admirado por gente do mundo inteiro.
No final, acabei pegando mais um tanto de chuva e não consegui evitar a noite, mas com equipamento e sinalização adequados, deu tudo certo. A impressão que tive é que parece que terminei o dia com mais energia do que comecei, apesar do exigente pedal. Aliás, essa é a magia dos grandes desafios, aqueles que acabam te dando ainda mais motivação para vencer o que para muitas pessoas é visto como impossível. Para saber mais sobre essa e outras atividades de ciclismo e montanhismo, acesse o Instagram @mochileiro_marcello

Edição 06/12/2024
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