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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Cicloturismo: Teresópolis x Miguel Pereira por estradas alternativas

Rotas entre o município, Petrópolis, Paty do Alferes e Paraíba do Sul permitem conhecer (bem) melhor nossa região

Já pensou em colocar a bicicleta na estrada? Viajar sem pressa, saindo da porta de casa e conhecendo melhor a região onde vive? É mais lento e difícil do que de carro ou motocicleta, logicamente. Mas permite parar e contemplar, respirar o ar puro e admirar a beleza cênica ou detalhes da natureza. E maravilhas não faltam para se pensar em roteiros na casa dos 200 quilômetros, permitindo realizar em um fim de semana, por exemplo. Um desses destinos, o cada vez mais procurado município de Miguel Pereira.
E essa foi a minha ideia para o último fim de semana, conhecer estradas alternativas que conectam os municípios da região, saindo de Teresópolis. O destino inicial foi Petrópolis via BR-495, a Teresópolis x Itaipava. De lá, peguei a BR-040 até localidade do Rocio, na pista sentido Rio de Janeiro, cruzando o bonito e gelado vale, cortado por rio e poços que no verão são muito procurados para banho.

Impossível não passar por antigos ramais férreos e não imaginar como era a vida ali em outras épocas. Foto: Acervo Mochileiro


Em seguida, peguei a rota conhecida como ‘Caminho do Imperador’, rota que data do século XIX ligando Paty do Alferes a Petrópolis, inicialmente uma trilha, depois uma estrada carroçável e hoje um estradão de terra batida, cercada de Mata Atlântica – protegida pela Reserva Ecológica do Tinguá.
Aliás, depois de passar pelo bonito, com atrativos como cachoeiras como a Escuridão, foi informado sobre um colega petropolitano que seria proibido passar por lá justamente porque parte da via cruza a reserva. Porém, não há nenhuma sinalização indicando tal restrição, tendo encontrado inclusive alguns veículos no trecho, existe uma rota de cicloturismo que passa por lá (Caminhos de Nossa Senhora) e no site da prefeitura de Paty de Alferes há indicação sobre o trecho como atrativo turístico… Se é realmente proibido, é preciso sinalizar e colocar porteiras, vale frisar.

Cachoeira da Escuridão, uma das belezas protegidas pela Reserva do Tinguá. Foto: Acervo Mochileiro

Ponte histórica
Do Caminho do Imperador, cheguei ao bonito Vale das Princesas, já em Miguel Pereira. Longas descidas, jeitinho de interior e muita poeira até a bonita e histórica Ponte Engenheiro Paulo de Frontin, que com seus 128 anos de história guarda lembranças da antiga linha férrea que cruzava a região. Aliás, esse imponente projeto que envolve engenharia e arquitetura foi o que me motivou a realizar essa ‘mini cicloviagem’. Na ida, foram 94 quilômetros e 1760 metros de altimetria acumulada.

Santuário Bom Jesus de Matosinhos, em Paraíba do Sul, de grande importância para a igreja católica, de beleza ímpar, e ainda um dos atrativos da antiga Estrada Real. Foto: Acervo Mochileiro

Um outro caminho, muita história
Para voltar para casa, no dia seguinte, escolhi uma rota diferente: segui em direção a Paty do Alferes, passando por localidades como Avelar, e cheguei até Werneck, já em Paraíba do Sul. Estradinhas de pista simples, jeitinho de interior, pastos e antigas estações ferroviárias são o charme da região.
Mas, assim como a ponte, tinha um objetivo principal nessa volta. Dessa vez, o ‘atrativo principal’ foi Santuário de Bom Jesus Matosinhos. Localizado a seis quilômetros de Werneck, esse é um daqueles lugares que merece ser conhecido. Vai muito além da religião, tem arquitetura diferenciada e faz parte da Estrada Real. O atual templo é de 1959, mas a primeira igreja foi erguida ali em 1774. No caminho até ali, outra beleza religiosa, a via sacra contada em vários totens que lembra pequenas capelas.
Depois do santuário, uma looooooonga subida em estradas de terra batida, tornando os 23 quilômetros até o povoado de Secretário, já em Petrópolis, parecendo ‘ainda mais’. Mas valeu admirar de ângulos diferentes a Serra da Maria Comprida.
Até Teresópolis, seriam cerca de 130 quilômetros. Porém, fiquei por Itaipava para curtir o ‘Arraiá do Amor’ com minha esposa Danielle Mendes, encerrando o retorno dessa ‘aventura em duas rodas’ também com 94 quilômetros, mas com 1221 de altimetria acumulada. Veja mais sobre o roteiro no Instagram @mochileiro_marcello e detalhes técnicos no Strava e Wikiloc, procurando Marcello Medeiros.

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Edição 28/06/2025
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