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O DIÁRIO DE TERESÓPOLIS
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Com a Beneficência lotada, crianças ficaram sem pronto atendimento na Saúde

Pacientes terão de ser transferidos para continuidade do atendimento e internações

Wanderley Peres

Depois das flagrantes dificuldades em diversos setores do serviço de saúde no município nos últimos dias, a manhã desta sexta-feira, 17, em Teresópolis, foi de apreensão ainda maior, com a paralisação do atendimento na Beneficência Portuguesa por falta de leitos e de transferência dos pacientes internados.

“Tem crianças desde as 6h da manhã para serem atendidas na Beneficência Portuguesa. Crianças desmaiando e vomitando, e o médico simplesmente disse que não vai atender, porque não tem como. Minha prima está com uma neném de apenas 7 meses, cheia de febre e sentada no chão, essa saúde tá uma vergonha”, relatou uma mãe ao DIÁRIO.

Visando contornar a crise exposta, ainda de manhã, a direção da Beneficência Portuguesa oficiou o Conselho de Saúde e a secretária de Saúde, Clarissa Guita, informando a impossibilidade na continuidade de internações pediátricas, porque os leitos destinados ao serviço SUS estavam completamente ocupados e já estando disponibilizados ao SUS a ala particular, emergencialmente, solicitando a intervenção da Secretaria de Saúde para agilizar as transferências para a liberação dos leitos visando a novos atendimentos e internações.

“Não temos credenciamento SUS para internação, nossa parte é o atendimento de urgência e emergência e pedido de transferência. Só de internação de pediatria temos dez leitos ocupados, e não tem como internar ou atender. Falei com a secretária, que disse já ter conseguido três leitos e até a noite arranja mais dois, no HCT“, disse Paulo Ribeiro a O DIÁRIO, anunciando que estava regularizando o atendimento, depois de duas horas de paralisação.

A secretária Clarissa confirmou o problema na Beneficência, mas lembrou que a gestão do hospital é própria e não da secretaria.

“A Bené está cheia e o Eitel também. Já combinei com o prefeito, de colocar pediatria 24h no Eitel a partir de primeiro de junho, e esse problema na Beneficência não é questão de não querer atender ou não ter as condições, é por causa da quantidade de crianças, porque no inverno tudo piora. A Bené tem a equipe dela, e não temos ingerência no atendimento, mas estamos resolvendo com a direção para acertar o atendimento”.

Edição 21/11/2024
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