Marcello Medeiros
Por volta das 22h da última terça-feira, 11, uma jovem de 21 anos caminhava pela Avenida Alberto Torres, no Bairro do Alto, próximo ao acesso do Jardim Cascata, quando abordada por um rapaz anunciando um assalto. Após mostrar uma arma de fogo, ele lhe tomou dois aparelhos de telefone celular e fugiu correndo. Por sorte da vítima, logo a seguir surgiu uma viatura do 30º BPM em patrulhamento. Acionados, os militares da equipe RAS10 acolheram a jovem e iniciaram as buscas pelo criminoso. Metros depois visualizaram o acusado, já perto da “Curva do Sabão”. Ele ainda tentou correr e se desfazer do equipamento utilizado para intimidar a jovem, mas acabou preso.
Reforço foi acionado e o criminoso encaminhado para a 110ª Delegacia de Polícia, com os agentes de segurança constatando que a arma era “fake”, ou seja, tratava-se apenas um simulacro de pistola. Os aparelhos roubados foram devolvidos e o homem de 23 anos ficou preso pelo crime de roubo, previsto no artigo 157 do Código Penal Brasileiro, que trata sobre “Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência”. A pena prevista é de reclusão, de quatro a dez anos, e multa. Após um período acautelado no xadrez local, ele será transferido para unidade prisional da Polinter, no Rio de Janeiro.
Poucos roubos
Casos de assalto, quando a vítima sofre algum tipo de atentado contra a sua vida, seja por agressão, ameaça ou utilização de armas, por exemplo, são raros em Teresópolis. De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP-RJ), apurados nas delegacias de polícia, entre janeiro e maio deste ano foram apenas 17 comunicações. No primeiro mês do ano, foram quatro roubos. Em fevereiro, dois. No período seguinte, março, nenhuma comunicação de roubo. Em abril, seis ocorrências e mais cinco em maio.
Em todo ano passado, a 110 DP registrou 48 casos do tipo – uma queda de 34,2% em relação a 2021. Para tentar reduzir ainda mais essa estatística, que bate nas alturas em outros municípios semelhantes, o 30º Batalhão de Polícia Militar tem intensificado o patrulhamento e realizado mudanças nos pontos base de operações, além de contar com a participação da população para denunciar atos suspeitos. Os telefones do Disque Denúncia são 190 e 2742-7755. Não é necessário se identificar. O segundo número também funciona como Whatsapp, havendo sistema de criptografia que protege a identidade do denunciante.